Dono da Record, Edir Macedo é vacinado contra a Covid-19 em Miami

Dono da Record, Edir Macedo foi vacinado contra Covid-19 nesta quinta-feira (18). Ele e sua mulher, Ester Bezerra, receberam a dose única do imunizante da Janssen, empresa da Johnson & Johnson, que ainda não está disponível no Brasil. Os dois foram imunizados em Miami, nos Estados Unidos, onde estão em viagem missionária.

"Conforme prometido, aí vão as provas da nossa vacinação contra a Covid-19", escreveu Edir Macedo na legenda do curto vídeo que publicou no Instagram para mostrar que ele e sua mulher foram imunizados.

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A informação de que tomou a dose única do imunizante da Janssen foi revelada por ele mesmo, em resposta a um seguidor. O líder da Igreja Universal tem 76 anos, e sua mulher tem 72. 

Em março do ano passado, Edir Macedo chegou a dizer a fiéis para não se preocuparem com a propagação do coronavírus. Ele atribuiu a tensão que o mundo já vivia à época com a pandemia a uma "tática de Satanás" e ao trabalho da imprensa.

"Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. Trabalha com a dúvida. E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis. Qualquer ventinho que tiver é uma pneumonia para elas", disse, na ocasião, em transmissão em sua página no Facebook. O vídeo foi retirado do ar posteriormente.

Três meses depois, o bispo contraiu Covid-19 e passou quatro dias internado no Hospital Moriah, de sua propriedade, em São Paulo. Durante a internação, gravou vídeos normalmente, como se não estivesse hospitalizado, para não levantar suspeitas. No entanto, depois que a notícia se espalhou, veio a público para confirmá-la.

Edir Macedo é aliado de Jair Bolsonaro, mas a Record tem defendido a vacinação, e, por meio de seu principal telejornal, o Jornal da Record, chegou a criticar sutilmente a conduta do presidente diante da aprovação do uso emergencial das vacinas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em janeiro passado.

A linha editorial é diferente do que ocorreu no início da pandemia, quando a emissora pediu para os jornalistas pegarem leve no noticiário sobre a crise sanitária.

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