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Injúria racial

Ex-BBB Thelma Assis vai processar racistas que lhe ofenderam: 'Inadmissível'

Reprodução/Instagram

A ex-BBB Thelma Assis em vídeo publicado em seu Instagram

A ex-BBB Thelma Assis tem sofrido ataques racistas em suas redes sociais e avisa que entrará na Justiça

REDAÇÃO

Publicado em 30/5/2020 - 8h58
Atualizado em 30/5/2020 - 10h01

A ex-BBB Thelma Assis avisou, durante participação no É de Casa deste sábado (30) que vai processar pessoas que lhe ofenderam nas redes sociais. Desde que entrou no reality da Globo, ela tem sofrido ataques racistas na internet e afirma que os preconceituosos terão de responder por isso: "Quando eu estava dentro do BBB, algumas pessoas me atacaram sem que eu pudesse me defender. Mas todas serão acionadas judicialmente".

O programa matinal promoveu uma conversa sobre racismo e injúria racial com Thelma e Manoel Soares, repórter que também já sofreu preconceito. Patrícia Poeta pediu que a médica falasse sobre a situação que viveu nessa semana, em que foi xingada durante uma live no Instagram.

"Infelizmente essa semana fui alvo de injúria racial na internet, infelizmente não foi a primeira vez que aconteceu. Desde que acabou o BBB, tenho feito várias lives, e em todas elas sofro algum tipo de injúria. Dessa vez achei inadmissível, foi estopim pra pedir pra parar e pedir para as pessoas denunciarem", comentou.

"Eles [racistas] tentam se esconder atrás da internet, acham que é terra sem lei. Tem xingamento, tentam nos desmerecer, nos rebaixar, desestabilizar. Felizmente, não conseguem. Mas achei importante pedir para as pessoas denunciarem. Apesar de não me atingir, pode abalar outras pessoas. [Temos que] Exigir respeito e exigir que esse crime não seja subestimado, que seja legitimado, porque só assim vamos conseguir combatê-lo", completou Thelma.

Manoel Soares, que até já ensinou os telespectadores a denunciarem se um dia sofrerem preconceito racial, disse que o principal problema em relação a isso é a diferença entre os crimes de racismo, que é inafiançável e imprescritível, e de injúria racial, cuja pena é muito mais leve.

"Há termos absurdos que animalizam as pessoas, ridicularizam, e raramente são tipificados como racismo; são injúria racial. Tem pena menor, reação mais suave com esse processo, e a pessoa acha que isso não é problema. A comunidade negra pede que injúria racial e racismo sejam unificados pra que as pessoas levem a sério", afirmou.

O repórter destacou também que muitas pessoas sofrem racismo e não conseguem provar, muitas vezes as denúncias não dão em nada. "Na prática, dá até em morte", falou e fez referência também ao assassinato do norte-americano George Floyd, caso que tem gerado muitos protestos nos Estados Unidos. Soares então perguntou para Thelma se as ofensas que ela sofreu não lhe deixaram chateada.

"A tentativa de desestabilizar não funcionou, mas a gente tem que lembrar que isso pode abalar psicologicamente outras pessoas. Mais do que a injúria racial, é muito triste saber que pessoas morrem por conta da cor da pele. É preciso que toda a comunidade se comova, rebata. Num país em que mais da metade da população se declara negra ou parda, a gente tem que rebater, se não a gente entra para as estatísticas. A gente tem que falar, tem que bater de frente", declarou a ex-BBB.

"A gente pede que pessoas de pele clara cumpram seu papel de aliados. Quando você vê uma pessoa passando por racismo, não finja que não é com você. Se posicione. Racismo não é um problema de negro. Quem tem problema com a cor da nossa pele são as outras pessoas. Elas que se resolvam", ironizou Soares.

Cerca de uma hora depois, Maju Coutinho fez uma entrada ao vivo no É de Casa e disse que havia acompanhado a conversa sobre racismo. Ela, que falava sobre a pandemia e da nova realidade à qual as pessoas têm de se adaptar, comentou também sobre a questão racial: "A gente espera que, no novo normal, essas atitudes de barbárie acabem".

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