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NOVA ERA

Sem Silvio Santos, SBT insiste em fracassos e espera um milagre para subir ibope

REPRODUÇÃO/SBT

Marcão do Povo à frente do Tá na Hora

Marcão do Povo à frente do Tá na Hora; programa vai mal no ibope e teve apresentadora arrependida

ODARA GALLO

odara@noticiasdatv.com

Publicado em 12/5/2024 - 8h10

Passados dois meses da mudança na programação do SBT, as novidades ainda não emplacaram. No ar desde 11 de março, o Chega Mais ocupa boa parte da manhã, mas não faz nem cócegas na concorrência. A situação do Tá na Hora é ainda pior, já que o policial criou um abismo na grade e dificilmente desencalha do quarto lugar. A insistência nas atrações é sinal da nova era da emissora. Com Silvio Santos fora do dia a dia da TV, sua filha Daniela Beyruti é quem toma as decisões. Quando estava na ativa, o comunicador não hesitava em passar a tesoura nos programas que iam mal e em colocar o Chaves (1973-1980) para tapar buraco e fingir que o flop nunca aconteceu.

O policialesco que nasceu como uma releitura do Aqui Agora (1991-1997; 2008) foi o que teve a mudança mais drástica até o momento --e bem diante dos olhos do público. Christina Rocha se arrependeu de ter aceitado apresentar o Tá na Hora e deixou o SBT. Márcia Dantas, que havia perdido lugar no SBT Brasil para Cesar Filho, assumiu o posto.

A crise de audiência, no entanto, segue firme e forte desde sua estreia, em 18 de março. Há quase dois meses a atração é um dos poucos programas da casa que perde para a Band no Ibope, e o jornalístico de Cesar Filho, que vem logo em seguida, dificilmente consegue recuperar o público perdido.

Em 2008, o SBT passou por uma situação semelhante ao reviver o Aqui Agora. De acordo com a Folha de S.Paulo à época, Silvio Santos colocou o programa no ar com a meta de alcançar 8,0 pontos e beliscar a vice-liderança, mas o jornal sofria para dar 4,0 pontos e também ficava atrás da Band.

Apenas 39 dias após a estreia, o comunicador mandou cancelar a atração e demitiu cerca de 40 profissionais, entre repórteres e produtores. No lugar, passaram a ser exibidas as séries As Visões da Raven (2003-2007), Eu, a Patroa e as Crianças (2001-2005) e, claro, o mexicano Chaves.

Nos últimos anos, Silvio tomou uma medida ainda mais drástica ao perceber que a novela Paixões de Gavilanes derrubou a audiência, em maio de 2022. O folhetim, produzido pela Telemundo para o mercado latino nos Estados Unidos, foi tirado do ar após o sétimo capítulo e entrou para a história do SBT como a novela estrangeira que foi exibida durante menos tempo. No mesmo ano, o SBT Notícias foi cancelado após 45 dias no ar.

Troca de direção

Primeira atração da grade nova a estrear, o Chega Mais segue com suas quatro horas por dia no ar e o mesmo time de apresentadores --Regina Volpato, Michelle Barros e Paulo Mathias--, mas sofreu mudanças nos bastidores.

Em 3 de abril, pouco menos de um mês após a estreia, o programa ganhou o reforço de Marcelo Kestenbaum para dividir a direção com Carlos Aleixo. A emissora negou que a entrada do diretor tivesse relação com a baixa audiência. "Trata-se de um reforço, já que a atração é diária, tem quatro horas de duração, com diversos quadros, tendo portanto muitas demandas", justificou a assessoria.

Vinte e três dias depois, outra mudança. O SBT anunciou que o matinal passaria a ser comandado por Ariel Jacobowitz. Desde 29 de abril, o diretor se divide entre o Chega Mais e o Programa Eliana, o que deve acontecer até junho. "Informamos ainda que Marcelo Kestenbaum e Carlos Aleixo estarão disponíveis para outros projetos", comunicou a emissora.

O anúncio de que o novo diretor passará a se dedicar exclusivamente à atração diária apenas no mês que vem representa uma grande mudança. Afinal, indica que o Chega Mais tem sobrevida assegurada pelo menos até junho, quando alcançará três meses no ar. Se fosse em outros tempos, o público que ainda resiste nas manhãs do SBT talvez estivesse "em situação de barril", com Chaves, Seu Madruga e sua turma.


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