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AO VIVO?

Sem polígrafo? Relembre as entrevistas que Pedro Bial já fez com Lula na Globo

Reprodução/Cultura/Instagram

Montagem com os rostos de Pedro Bial e o ex-presidente Lula

Pedro Bial, que negou entrevista ao vivo com Lula, já conversou com ex-presidente no passado

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 15/4/2021 - 18h14

Pedro Bial tem tido muita repercussão com uma declaração que deu no Manhattan Connection de quinta-feira (14): ele disse que Luiz Inácio Lula da Silva já se ofereceu para participar do Conversa com Bial, desde que fosse ao vivo, e ironizou a exigência do político: "Teria que ter polígrafo [aparelho detector de mentiras]". No passado, porém, Bial já esteve frente a frente com o Lula em ao menos duas entrevistas na Globo.

No Fantástico exibido em 17 agosto de 2003, durante o primeiro mandato de Lula como presidente do Brasil, Bial conduziu, ao lado de Gloria Maria, a reportagem intitulada Intimidade com o Poder. A matéria durou 42 minutos e acompanhou a rotina do político no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Lula se disse orgulhoso por ter aprovado uma reforma da previdência, falou sobre o programa Fome Zero, fez uma caminhada ao lado da primeira-dama Marisa Letícia (1950-2017) e mostrou sua biblioteca. Outro político que apareceu na reportagem foi o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Ao site Memória Globo, Pedro Bial ressaltou a popularidade do petista naqueles tempos: "Foi um momento de abordagem desarmada do Fantástico, que deu uma grande audiência. A entrevista foi dividida: toda vez que entrava um trecho, subia a audiência. Imagina, entrevista com um político, com o presidente, dar audiência? Não dá... Era um momento em que o país estava encantado, em lua de mel".

rEPRODUÇÃO/TV GLOBO

Lula e Pedro Bial em entrevista de 2006

Entrevista de Lula a Bial em 2006

A outra entrevista foi exibida em 1º de janeiro de 2006, e Pedro Bial questionou Lula sobre o escândalo do Mensalão e a resistência do governo à implantação de uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]. "É normal que quem está na oposição queira mais uma CPI do que quem está na situação. Isso é histórico no Brasil", se defendia o então presidente.

O clima já era bem diferente do encontro anterior. "Quando a gente sentou no gabinete da presidência, não sei quem estava mais tenso, acho que ele. Porque eu estava seguro do meu dever, estava bem fundamentado, tinha pareceres de procuradores. Estava tudo bem na ponta da língua", comentou Pedro Bial, também ao Memória Globo.

Na sequência, o jornalista concluiu: "E ele [Lula] tensíssimo, na mesa dele com o computador ligado e com o assessor do outro lado, atrás da câmera. Foi, para mim, um grande momento profissional poder fazer as perguntas que todo mundo queria fazer, mas foi uma grande frustração não vê-las respondidas".

"Teria que ter polígrafo"

Questionado nesta semana no Manhattan Connection sobre personalidades que não aceitariam ir a seu programa na Globo, Bial respondeu: "Você citou dois que dificilmente iriam [Lula e Jair Bolsonaro].

"O Lula já até disse que gostaria de fazer o programa comigo, mas aí tinha que ser ao vivo. Pode até ser ao vivo, mas aí teria que ter um polígrafo acompanhando todas as falas dele", concluiu. 

Em outro momento, Bial fez críticas a Bolsonaro: "O nosso presidente vive em conflito. Ele se alimenta do confronto. Não fosse assim, teria agarrado a oportunidade de ouro há um ano, quando começou a pandemia, para ser o líder de toda a nação. Naquele momento todos aceitariam. Tinha um bom ministro da Saúde, que começou bem".

"Ele [Bolsonaro] poderia, de fato, num momento de pandemia, que é um estado de guerra, se tornar um líder de todos os brasileiros. Mas isso seria contra a natureza do escorpião, aquela velha piada. Ele vive do confronto e por isso depende tanto de provocar a imprensa", analisou o apresentador do Conversa com Bial.


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