NO MELHOR DA TARDE
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Catia Fonseca no estúdio do Melhor da Tarde (Band); apresentadora fideliza audiência sem BBB 22
Diariamente no Melhor da Tarde Catia Fonseca e sua equipe passam longe dos debates sobre realities como o Big Brother Brasil (Globo). A escolha editorial faz parte da estratégia de andar na contramão dos concorrentes e fidelizar o público da Band, que há quatro anos acompanha a revista eletrônica, um dos êxitos comerciais da emissora.
"Às vezes, temos que ir na contramão dos nossos concorrentes [A Tarde é Sua (RedeTV!) e Fofocalizando (SBT)]. Se todo mundo vai falar da mesma coisa, quem não quer saber daquilo vai ter qual opção? Sabemos que o nosso público gosta de saber o factual, mas de um jeito muito característico. Então, trazemos o que acontece lá [no reality] para a nossa realidade", explica Catia em entrevista ao Notícias da TV.
Para exemplificar a análise, a apresentadora recorda a confusão protagonizada por Luana Piovani, que não autorizou o uso da imagens dos filhos durante o Almoço do Anjo de Pedro Scooby, pai das crianças.
"Com a gente, vamos abordar assim: Então, por que ela fez isso? É para preservar as crianças? Até que ponto temos que preservar as pessoas que amamos? E o direito do pai? Debatemos isso vindo para o cotidiano", pontua Catia, que aproveita para entregar a sua opinião sobre o comportamento de Arthur Aguiar: "Ao me ver, ele está jogando de uma forma muito inteligente".
Em 2018, Catia foi contratada pela Band para desenvolver o programa de variedades em um horário ocupado por atrações caça-níquel na grade da emissora. "Não começamos do zero, começamos do negativo (risos). Se fosse do zero, já estava bom. Foi muito difícil porque chegamos com uma ideia, começamos fazendo, aí tira isso, coloca aquilo, levamos oito meses para descobrir o que o público gosta", relembra.
Na lista dos desafios enfrentados, também está a migração de audiência entre o público feminino e masculino, pois o Melhor da Tarde recebe do esportivo Os Donos da Bola e entrega para o policial Brasil Urgente.
"Tem que ser uma conclusão fria e calculista. Nem foi cobrança da Band, foi nossa mesmo! Nos cobrávamos de entender aquele público, o que eles queriam. Começamos a fazer algumas alterações, e cada dia é um dia! Tem dia que o público quer mais fofocas, tem dia que não, sabe-se Deus o porquê. Com as receitas também, mas só sabemos disso na hora", afirma.
O balanço desses quatros anos é bem isso, não dá para acomodar. Nunca deu e hoje, com a internet, menos ainda. Como já conhecemos o que o nosso público quer, fica mais orgânico. Vamos renovando, dentro daquele parâmetro do público do Melhor da Tarde e da Band.
Nas próximas semanas, a grade da emissora será ajustada por causa da estreia do jornal de Adriana Araújo. Com isso, o Melhor da Tarde também sofrerá alterações e passará a ter uma hora e meia de duração em escala nacional --atualmente, o programa conta com duas horas, uma local para São Paulo e a outra para todo o país.
"O Rodrigo [Riccó, diretor da atração] é uma fábrica de ideias, e eu sou uma fábrica de execução. Desde quando a Band falou que íamos ter essa uma hora e meia nacional, ele acabou criando vários quadros, já passamos para o departamento artístico e comercial. Também gravamos matérias do quadro O Segredo das Coisas, em que vou nas fábricas mostrar como as coisas são feitas", adianta.
"Estamos com uma frente de mais de um mês de matérias robustas, vamos ter isso, mais viagens, entre outras atrações. Queremos ter uma matéria robusta toda sexta, mas não encher linguiça, e sim como se fosse um programa diferenciado. Vamos estar no nacional, então queremos mostrar o Brasil de uma forma que, às vezes, nem o turista vê. Queremos mostrar curiosidades, gastronomia, cultura, vivenciar um pouco o dia a dia daquela região", complementa.
Aquariana e workaholic (viciada em trabalho) assumida, a apresentadora admite ser privilegiada por ter uma profissão na qual pode explorar diversos ambientes sem cair na rotina.
"Em um dia que estou cheia de problemas, e todo mundo tem, você fala: 'Ô Senhor, vontade de ir para Marte'. O que me alimenta é esse retorno do público, as pessoas dizem que levo uma energia boa, que estou sempre feliz. Não estou sempre feliz, eu escolho estar feliz, mesmo com vários problemas porque, se resolver ficar triste, vou ter só mais a tristeza para complicar a minha vida, o resto já tá lá mesmo", diz.
"Então, acho que a oportunidade que tenho, junto com a responsabilidade, é um grande presente de Deus mesmo. Me sinto privilegiada com isso, sei que batalhei muito, continuo batalhando, não me acomodo nunca! Temos que estar sempre nos reciclando e nos reposicionando perante as coisas, mas isso é o que amo fazer, isso que gosto. Por isso, fico com cansaço corporal, porém adoro bater um papo", finaliza.
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