Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

MEMÓRIA DA TV

Se Joga volta? Programa pode seguir trilha de atrações que duraram pouco na Globo

VICTOR POLLAK/TV GLOBO

Érico Brás, Fernanda Gentil e Fabiana Karla apresentam o Se Joga

Érico Brás, Fernanda Gentil e Fabiana Karla apresentam o Se Joga; programa tem futuro incerto na Globo

THELL DE CASTRO

Publicado em 14/6/2020 - 6h32

Nas últimas semanas, surgiram várias especulações a respeito do Se Joga, da Globo, que saiu do ar no dia 17 de março em virtude da pandemia do novo coronavírus e ainda não tem previsão de retorno. Isso se voltar mesmo. Os integrantes, inclusive, já estão atuando em outras produções da emissora. Se terminar, a atração seguirá o caminho de outros programas ou formatos que tiveram vida curta no canal.

Um dos primeiros casos foi o Globo Gente, primeiro talk show apresentado por Jô Soares na Globo. A produção, que era semanal, ficou no ar apenas entre abril e setembro de 1973, numa época em que era comum que programas durassem anos (ou até décadas).

Outro programa que também durou pouco foi o Cometa Loucura. Parte da nova programação de domingo da emissora, estreou em 13 de março de 1983, com Lauro Corona (1957-1989) e Carla Camurati recebendo atrações artísticas e musicais. Mas a audiência não foi a esperada, e o fim foi decretado em 10 de julho do mesmo ano.

No mesmo ano, outra tentativa da Globo de barrar o Programa Silvio Santos, do SBT, foi o Domingo Bingo, comandado por Paulo Giovanni e Monique Evans. A atração, que distribuía prêmios e era mostrada em pílulas durante a tarde toda, para fidelizar o telespectador, ficou no ar somente entre 3 e 17 de julho, sendo um dos programas mais curtos da história do canal.

Pouca gente se lembra, mas em 29 de abril de 1995 estreou, nas noites de domingo, a série Casa do Terror, investimento global no gênero terrir (terror misturado com comédia). A experiência foi simplesmente um desastre, com rejeição de público e crítica, e apenas dois episódios foram exibidos, deixando alguns inéditos até os dias de hoje.

Entre 31 de março e 4 de agosto de 1996, foi a vez do Ponto a Ponto marcar presença nas tardes de domingo do canal. Com Márcio Garcia e Ana Furtado, a atração causou polêmica por conta das gincanas que expunham adolescentes a cobras e explosões, e foi mais uma atração a ter vida curta.

Em 2001, o Sociedade Anônima, com Cazé Peçanha, ficou apenas nove semanas no ar. O badalado programa, que teve uma longa gestação, prometia ser inovador, numa época em que a internet estava apenas engatinhando no país. No final das contas, a audiência preferiu continuar com o Topa Tudo por Dinheiro, do SBT, e a produção foi substituída por filmes a partir de 27 de maio daquele ano.

Ainda em 2001, a Globo resolveu reprisar o Você Decide no Vale a Pena Ver de Novo, com apresentação de Susana Werner, em 2 de julho daquele ano. O programa interativo não alcançou bons índices de audiência, e a emissora não pensou duas vezes: anunciou, às pressas, a reprise de A Gata Comeu a partir de 23 de julho.

João cotta/tv globo

Zeca Camargo ficou dois anos à frente do Vídeo Show e viu o público debandar para a Record

Em março de 2013, Zeca Camargo, que deixou a Globo recentemente, assumiu o comando do Vídeo Show e o transformou em um novo programa, um misto de talk show e revista de variedades, contando, inclusive, com plateia. O público simplesmente fugiu e deu cada vez mais força para a Record no horário. O formato foi encerrado no primeiro semestre de 2015.

Outro fracasso recente da Globo foi o Tomara que Caia, que estreou em 19 de julho de 2015 e teve apenas 16 episódios mostrados nas noites de domingo. Formato 100% criado pela emissora, era uma mistura de humorístico e game show, exibido ao vivo, com plateia. O público interagia e decidia o rumo da história, incluindo a troca dos integrantes que estavam no palco.

Apesar dos muitos sucessos da Globo em sua história, a lista de fiascos não é pequena --aqui, mostramos os principais exemplos. Resta saber se o Se Joga vai fazer parte dela em breve.


THELL DE CASTROé jornalista, editor do site TV História e autor do livro Dicionário da Televisão Brasileira. Siga no Twitter: @thelldecastro

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.