Fórmula 1 rompe contrato com Rio Motorsports e volta a negociar com a Globo

Reviravolta nos direitos de transmissão da Fórmula 1: a Liberty Media, dona da principal categoria do automobilismo mundial, rompeu o contrato com a Rio Motorsports nesta quarta-feira (11), menos de dois meses após o acordo firmado, e voltou a negociar com a Globo, que não havia renovado o vínculo para continuar transmitindo as corridas. Agora, a emissora está de novo no páreo.

A informação da quebra do acordo com a Rio Motorsports foi divulgada primeiramente pelo site Máquina do Esporte e confirmada ao Notícias da TV com a assessoria do consórcio, que tem como diretor executivo o empresário JR Pereira.

O motivo alegado pela empresa para a rescisão do contrato foi a indefinição em relação ao calendário de 2021 provocada pela pandemia de Covid-19. O acordo previa a exibição em TV aberta, paga e também transmissão via streaming.

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"A Rio Motorsports comunica que decidiu por declinar da opção dos direitos de transmissão da Fórmula 1 no Brasil. A decisão foi tomada devido às incertezas com o calendário para a temporada 2021, provocadas pela segunda onda de contagio por Covid-19 na Europa", informou o consórcio, em nota.

"Diante do cenário, somado ao fato da possibilidade de essa nova onda se expandir para outros continentes, a Rio Motorsports reavaliou este investimento e abriu espaço para que a Fórmula 1 possa negociar diretamente com as empresas de televisão no Brasil", acrescentou a empresa.

É certo que a Globo poderia comprar os direitos de transmissão da Rio Motorsports. Agora, porém, a situação é ainda mais favorável à emissora, que retomou as negociações para exibir por mais alguns anos os treinos e provas da principal categoria do automobilismo mundial.

“A Globo retomou as conversas com a FOM (Formula One Management)/Liberty Media sobre os direitos da Fórmula 1, sempre considerando a nova realidade mundial dos direitos esportivos", afirmou a líder de audiência, em comunicado enviado à reportagem.

O contrato atual termina em dezembro deste ano e a emissora chegou a desistir de negociar para renová-lo por conta dos altos valores pedidos pela Liberty Media e por ter revisto o seu portfólio de transmissões. Entrentanto, o panorama mudou com algumas decisões da empresa norte-americana responsável pela venda dos direitos.

A relação não era boa, mas o chefão da Fórmula 1, Chase Carey, interveio e pediu prioridade nas tratativas com a Globo. Band, SBT e TV Cultura também abriram negociações, mas não houve avanço.