UM ANO DEPOIS
Reprodução/Instagram
Diego Esteves e a irmã Marcella de Oliveira com Marcelo Rezende, no ano passado
DANIEL CASTRO
Publicado em 24/7/2018 - 5h17
Para lembrar o primeiro aniversário da morte de Marcelo Rezende, a Record vai exibir quatro especiais entre 30 de agosto e 20 de setembro. Três deles serão compilações de entrevistas feitas pelo jornalista. Com conteúdo inédito, o quarto programa trará o jornalista Diego Esteves, um dos cinco filhos do ex-Cidade Alerta, à frente de uma homenagem.
Esteves entrevistará pessoas que foram importantes na vida de Marcelo Rezende (1951-2017), que morreu aos 65 anos, em 16 de setembro do ano passado, vítima de um câncer devastador no pâncreas e no intestino, descoberto apenas quatro meses antes.
Diego Esteves mora em Buenos Aires. Ele escreve perfis para a revista Caras argentina e trabalha como entrevistador em uma emissora de rádio, a Mitre.
Os outros três especiais serão apresentados por jornalistas que tiveram importância na passagem de Rezende pela Record. Percival de Souza e Fabíola Gadelha formarão uma dupla; Luiz Bacci e Lilliany Nascimento, a Capitão Nascimento, outra; e Bruno Peruka e Silvye Alves, a terceira.
Parceiros ou "crias" de Rezende, esses jornalistas darão uma nova "embalagem" para entrevistas que a Record considera relevantes na trajetória do apresentador e repórter na emissora.
Entre as entrevistas, estarão as do ex-deputado Hildebrando Pascoal, acusado de liderar quadrilha e esquadrão da morte no Acre; o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza; Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque; e o ex-ator Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, filha da novelista Gloria Perez.
Os quatro programas também farão parte das comemorações dos 65 anos da Record, fundada em 27 de setembro de 1953.
DIVULGAçÃO/RECORD
Marcelo Rezende durante gravação de reportagem para o Domingo Espetacular
Trajetória
Marcelo Rezende foi um dos principais repórteres investigativos da televisão brasileira. Como apresentador, revigorou o Cidade Alerta ao acrescentar uma dose de humor ao programa policial, criando bordões como "Corta pra mim" e dando apelidos aos repórteres do programa.
Ele começou a carreira jornalística na década de 1960, como repórter esportivo do extinto Jornal dos Sports, no Rio de Janeiro. Tinha apenas 17 anos. Dois anos depois, foi demitido por causa de uma irresponsabilidade.
Como fez muitos amigos no jornalismo, Rezende foi rapidamente contratado pela Rádio Globo para trabalhar como rádio-escuta e, em 1972, foi para o jornal O Globo, no qual atuou como redator de esportes. Na Redação, conviveu com nomes como Nelson Rodrigues (1912-1980), Aguinaldo Silva e Gilberto Braga.
Aos 21 anos, pediu para ir para a reportagem. Aos 23, já era repórter especial. Em 1979, foi convidado para trabalhar na revista Placar. Ficou na publicação até 1987, quando fez a transição para a televisão.
No jornalismo televisivo, ganhou destaque com reportagens policiais, como a série sobre a violência de PMs na Favela Naval, de Diadema, em março de 1997. Pelo especial do Jornal Nacional, recebeu o Prêmio Libero Badaró de jornalismo.
Em 1999, começou a apresentar na Globo o Linha Direta, que usava dramaturgia e depoimentos para recriar casos policiais. Em agosto de 2000, deixou o comando do programa e migrou para a RedeTV!, onde apresentou o Repórter Cidadão entre 2002 e 2004.
Foi para a Record em 2004, apresentando o Cidade Alerta até junho do ano seguinte, quando o programa foi tirado do ar por causa da baixa audiência. Voltou para a RedeTV! como âncora do RedeTV! News e, em 2009, foi para a Band comandar o Tribunal na TV.
Em 2010, retornou à Record como repórter especial do Domingo Espetacular; no ano seguinte, apresentou o Repórter Record e, em 2012, reassumiu o Cidade Alerta, que tinha voltado ao ar no ano anterior. Apresentou o programa até maio do ano passado, quando passou a lutar contra o câncer.
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