ENTRE MUNDOS
Reprodução/Instagram
Pedro Andrade em dois destaques do Entre Mundos: em território indígena e em plantação de maconha
Após 12 anos no Manhattan Connection, Pedro Andrade estreia como apresentador da CNN Brasil no próximo domingo (17). O jornalista estará à frente do Entre Mundos, programa no qual mergulha em diferentes comunidades para explorar lados extremos dos Estados Unidos que não costumam aparecer na TV.
O ex-modelo conviveu com indígenas do Estado de Washington, explorou a indústria da maconha e pegou a estrada com pessoas que largaram tudo para viver em vans --como no filme Nomadland, premiado com o Oscar deste ano.
"O Entre Mundos é o resultado de uma busca de décadas pelo meu projeto dos sonhos. A gente vai mudando, evoluindo, aprendendo e crescendo, e depois de tanto tempo me dei conta de que minha grande paixão é por pessoas", conta Andrade ao Notícias da TV. "Tem jornalistas apaixonados por esportes, outros por entretenimento, alguns que adoram gastronomia. Eu gosto de gente."
"Mesmo antes, as minhas viagens giravam em torno de experiências humanas, do aspecto humano desses lugares. Mas, no Entre Mundos, eu tenho a liberdade para me aprofundar um pouco mais. E a CNN abraçou a minha visão e a minha linguagem. É um projeto maduro, e isso gera muito entusiasmo neles e em mim", valoriza o apresentador.
Sem contrato com um canal de TV desde que pediu demissão do Manhattan Connection, em maio deste ano (após a saída forçada de Diogo Mainardi), Andrade entrega que a aproximação com a CNN Brasil aconteceu de maneira mútua e natural.
"Eu já paquerava e era paquerado pela CNN [dos EUA] há algum tempo. Quando ela chegou ao Brasil, me pareceu um lar compatível com o tipo de jornalismo que eu faço. Depois de algumas reuniões, ficou claro que a gente tinha um destino comum. Não no sentido literal, mas no simbólico, de que a gente queria um projeto muito semelhante."
No seu projeto dos sonhos, Pedro Andrade aproveita a grande extensão dos Estados Unidos para mostrar universos que raramente ganham os holofotes. "A realidade de um judeu ultraortodoxo em Williamsburg, no Brooklyn, é totalmente diferente da de uma garota de programa em Manhattan, de um indígena no Estado de Washington... Então, o Entre Mundos é um programa sobre as muitas faces de um país", resume.
Acostumado a passar perrengues nas viagens exóticas que fazia no Pedro pelo Mundo, do GNT, o jornalista encarou outro tipo de dificuldade no Entre Mundos. "Foi fisicamente mais confortável. Eu não dormi no deserto, não tive intoxicações alimentares, não me vi em um hospital público na fronteira da Rússia. Mas, emocionalmente, foi muito mais desconfortável, porque algumas das conversas que eu tive eram muito difíceis", justifica.
Eu sempre busco me aprofundar nessas comunidades, nesses diálogos, nessas realidades. Claro que há temas muito difíceis, eu vejo o episódio sobre a comunidade negra num momento revolucionário de Black Lives Matter, por exemplo. Ou o episódio sobre profissionais do sexo, garotas de programa, pessoas que trabalham com pornografia... O meu grande objetivo com esse projeto, e acho que na vida, é humanizar a manchete, dar um rosto e uma voz para pessoas que até então eram meros números num artigo de jornal.
A ideia é que cada temporada explore um país diferente. O Brasil está na lista? "Por enquanto, não. Mas [ter vários episódios em um país nos dá] a liberdade para nos aprofundarmos nas muitas nuances de uma nação. Nós exploramos de uma maneira menos superficial, mais aprofundada, eu diria. Então, essa temporada toda é nos Estados Unidos. Ainda não definimos onde vai ser a próxima temporada, mas uma coisa de cada vez (risos)."
A primeira temporada do Entre Mundos estreia neste domingo (17), às 22h30, na CNN Brasil. O programa faz parte do projeto CNN Soft, com atrações voltadas para o entretenimento e menos foco para o hard news (noticiário quente do momento). Também estão nessa linha nomes como Mari Palma, Phelipe Siani, Gabriela Prioli e Leandro Karnal.
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