Na Warner
Imagens: Reprodução/The CW
A atriz Katie McGrath na quinta temporada de Supergirl; série abraça a tecnologia e imita Black Mirror
JOÃO DA PAZ
Publicado em 20/10/2019 - 5h56
A influência de Black Mirror, drama da Netflix que mostra como a tecnologia afeta a sociedade e o convívio entre as pessoas, chegou a Supergirl. A quinta temporada da série da heroína de National City apresenta novas engenhocas, como uma lente de contato que leva o usuário a uma realidade virtual, e faz uma conexão com o desânimo com a política.
A nova leva de episódios de Supergirl estreia neste domingo (20), na Warner, às 23h15. Em entrevista para o site Entertainment Weekly, uma das showrunners da série, Jessica Queller, disse explicitamente que "essa é a nossa temporada Black Mirror". E explicou o motivo.
"Nosso objetivo é expor como a tecnologia tem um impacto direto em como nos relacionamos uns com os outros, e como ela é uma ferramenta para evitar qualquer interação com o próximo. Parece que nos dias de hoje todo mundo está muito focado nos aparelhos celulares e se desconecta da realidade", completou.
Supergirl usou como inspiração justamente um dos episódios mais elogiados de Black Mirror, intitulado de Nosedive. Nele, as pessoas usam uma lente de contato que exibe como cada uma está rankeada em uma rede social, o que as levam a evitar conversas com indivíduos menos populares.
Na série da heroína, uma lente de contato cinza coloca a pessoa em uma realidade virtual. Quem usa o apetrecho pode ir para uma lanchonete, olhar o menu e pedir um café sem interagir com outro humano. O usuário também consegue se logar nas redes sociais e conectar com qualquer pessoa sem falar uma única palavra.
A preocupação de Kara Danvers (Melissa Benoist), a identidade civil de Supergirl, é uma só: "Uma eleição especial vem aí, e as inscrições de eleitores estão em queda. As pessoas não estão prestando mais atenção no que está acontecendo na vida real", reclama ela, em cena da estreia da quinta temporada.
A heroína fica enfurecida ao ver que um comercial sobre as lentes de contato sobrepôs uma notícia sobre cidadãos que se preparam para votar no próximo pleito em um telão de destaque em National City.
Supergirl tem como característica levantar a bandeira da militância e encaixar questões sociais e políticas em suas tramas, o que é louvável e faz a série ser mais do que apenas heróis contra vilões. Há uma moral atual e viva por trás das histórias.
Na temporada passada, o drama fez uma correlação entre a aversão contra aliens com a xenofobia do mundo real. A série só deu uma pausa no ativismo quando o icônico vilão Lex Luthor (Jon Cryer) entrou em cena.
Supergirl (Melissa Benoist) encara Lena Luthor (Katie McGrath) na quinta temporada da série
Kara Danvers ganhou o maior prêmio do jornalismo (o Pulitzer) por desmascarar Lex Luthor em um artigo, que também derrubou o presidente dos Estados Unidos. Aparentemente livre de qualquer grande ameaça, Supergirl acaba ganhando uma rival dentro do seu círculo de amigos.
Antes de morrer, Lex revelou para sua irmã e colega de Kara, Lena (Katie McGrath), que a jornalista é a Supergirl. A notícia enfureceu a empresária bilionária, que passa a usar as tais lentes de contato para treinar um ataque violento contra a Supergirl.
No lado civil, Kara vai bater de frente com a nova editora da CatCo., conglomerado de mídia que agora tem uma nova chefe: Andrea Rojas (Julie Gonzalo). Ela quer mudar a linha editorial das publicações da empresa e pede mais textos caça-cliques dos seus jornalistas do que artigos mais provocativos e pertinentes. Kara vai fazer de tudo para continuar a produzir reportagens relevantes, a contragosto da chefe.
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