EPISÓDIOS EM 4K
DIVULGAÇÃO/SONY PICTURES
Jason Alexander como George Costanza em Seinfeld; série ficou disponível na Netflix nesta sexta (1º)
Os 180 episódios da clássica Seinfeld (1989-1998) ficaram disponíveis na Netflix nesta sexta-feira (1º). Após um acordo de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) com a Sony Pictures, dona dos direitos da série protagonizada por Jerry Seinfeld, a plataforma terá a produção em seu catálogo mundial ao menos até 2026. A compra foi feita depois de o serviço de streaming perder Friends (1994-2004) e The Office (2005-2013) para concorrentes.
Mas por que séries de décadas passadas são tão importantes para as empresas que disputam assinantes no online? A resposta é simples: audiência. Ou, nesse caso, tempo de permanência na respectiva plataforma digital.
Quando a Netflix ainda tinha Friends e The Office, as duas obras foram consumidas durante 85 bilhões de minutos apenas nos Estados Unidos durante o ano de 2018. Isso equivale a 25 horas para cada cliente. Os dados são da Nielsen (o Ibope norte-americano).
Produções como essas estão enquadradas na categoria de "comfort series", aquelas atrações que são queridinhas do público e não enjoam conforme os anos passam.
Com grandes produtoras e distribuidoras como Warner, HBO, Disney e Comcast (dona da rede NBC) lançando os próprios streamings, o mercado ficou mais restrito para a Netflix, que passou a investir pesado em conteúdo próprio, mas sem deixar de olhar para o mercado de "antiguidades".
Friends e The Office estão no catálogo da HBO Max, que reúne as produções do conglomerado WarnerMedia. A comédia sobre a rotina em um escritório também pode ser vista no Prime Video no Brasil.
O acordo da Netflix por Seinfeld é global. Pela primeira vez, a atração poderá ser assistida em qualidade 4K. Oficialmente, as cifras do contrato entre a gigante de streaming e a Sony não foram divulgadas, mas a revista The Hollywood Reporter confirmou o valor de US$ 500 milhões com fontes do mercado --já o Los Angeles Times estima que o preço teria sido ainda maior.
Em 2015, quando a Hulu comprou Seinfeld por cinco anos, a plataforma havia pago US$ 1 milhão por episódio, totalizando US$ 180 milhões (R$ 981 milhões). A última casa de Seinfeld no streaming do Brasil foi o Prime Video, que perdeu os direitos da série no fim de janeiro de 2020.
A valorização de um contrato para o outro tem como justificativas o aumento da concorrência --Amazon, NBC, HBO Max, Hulu e Viacom também estavam interessados na comédia lançada em 1989-- e o fato de ser um negócio que vale para o mundo inteiro, não apenas nos Estados Unidos.
"Seinfeld é um programa único e icônico. Agora, mais de 30 anos após sua estreia, continua sendo o centro das atenções. Estamos entusiasmados com a parceria com a Netflix para levar essa série amada para os fãs atuais e novos públicos em todo o mundo", comentou Mike Hopkins, que era presidente da Sony Pictures Television quando o contrato foi assinado, em 2019.
A série teve nove temporadas, com 180 episódios. A produção foi a mais vista entre os americanos em dois anos --e vice em outros dois. O episódio final foi o quinto mais assistido da história da TV dos Estados Unidos, com 76,3 milhões de telespectadores. Seinfeld ainda venceu o Emmy de melhor comédia em 1993, e o Globo de Ouro na mesma categoria em 1994.
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