MUNDO CÃO
REPRODUÇÃO/NETFLIX
Evan Peters como Jeffrey Dahmer: série da Netflix traz infância, carência e cenas que chocam
No mês do Halloween, é comum bombarem séries e filmes de terror, mas três das produções em alta nas plataformas de streaming que possuem cenas sangrentas e horripilantes são retratos da vida real. Candy (Star+), Rota 66: A Polícia que Mata (Globoplay) e Dahmer: Um Canibal Americano (Netflix) retratam psicopatas que estavam pelas ruas matando.
Além de ter histórias fortes, impactantes e dramáticas, essas produções ganham contornos atraentes com interpretações, direção e fotografia sofisticadas. O trio foco desta reportagem é boa opção para quem gosta de tramas inspiradas em fatos reais. E também é uma oportunidade de assistir a conteúdo biográfico que busca oferecer profundidade, com bastidores de crimes que chocaram a opinião pública em diferentes épocas.
Dahmer: Um Canibal Americano entrou no catálogo da Netflix há um mês com Evan Peters no papel de Jeffrey Dahmer (1960-1994). O ponto de partida é a prisão do serial killer em 1991. O espectador viaja no tempo até quando o criminoso ainda era um feto --a mãe dele teve vários problemas e tomava remédios durante a gestação.
As rejeições na infância, o desejo de fazer lobotomia nas vítimas, a carência afetiva, a homossexualidade e a culpa do pai impressionam mais do que os assassinatos em si. Ao todo, Dahmer matou 17 homens em rituais que contavam com estupro e canibalismo.
A série consegue fazer o público entrar na mente do psicopata para entender como ele pensava e agia. Em algumas sequências, Dahmer é muito sedutor. Porém, qualquer tipo de comoção com ele é quebrada rapidamente com o nível de monstruosidade ao qual ele chegava --passava horas esquartejando e "curtindo" os restos mortas das vítimas.
Confira o trailer de Dahmer: Um Canibal Americano:
Também foi há um mês que a série baseada no livro de Caco Barcellos (Profissão Repórter/Globo) entrou no ar. Com Humberto Carrão no papel no jornalista, os episódios são de dilacerar --mostra como os policiais matavam porque gostavam de matar.
Pessoas eram assassinadas e descartadas como se fossem objetos. Em geral, eles deixavam os cadáveres sem documentos para que não fossem identificados. As dores dos entes queridos e a busca por justiça estão entre os traços fortes das histórias contadas.
Mesmo para quem leu o livro homônimo publicado pela primeira vez em 1992, a série traz algo a mais: conhecer outros lados do trabalho de Caco Barcellos, assim como detalhes curiosos da personalidade e vida do jornalista. Rota 66 é também uma aula de jornalismo investigativo --algo cada vez mais raro com a chegada das mídias digitais e superficialidade no noticiário.
Confira o trailer de Rota 66: A Polícia que Mata:
E, por último, Candy, que estreou no Brasil no final de julho. Logo de cara chama a atenção ver Jessica Biel totalmente diferente na aparência. O drama é baseado na história da americana Candy Montgomery, uma dona de casa que frequenta a igreja e parece acima de qualquer suspeita. Ela assassinou a amiga e mulher de seu amante, Betty Gore, com 41 machadadas em 1980.
Confira o trailer de Candy:
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