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Doubt

Com ex-Grey's Anatomy, maior flop da década da TV dos EUA estreia no Globoplay

Imagens: Divulgação/CBS

Katherine Heigl e Laverne Cox em cena de Doubt, série inédita no Brasil que chega agora ao Globoplay - Imagens: Divulgação/CBS

Katherine Heigl e Laverne Cox em cena de Doubt, série inédita no Brasil que chega agora ao Globoplay

JOÃO DA PAZ

Publicado em 15/3/2019 - 5h32

Em fevereiro de 2017, a série Doubt estreou cheia de pompa na rede CBS. Afinal, tinha como estrelas Katherine Heigl (ex-Grey's Anatomy) e Laverne Cox (Orange Is the New Black). Mas o drama sofreu um cancelamento precoce e foi tirado do ar após a exibição de dois episódios. Com isso, se tornou o maior fracasso da TV norte-americana na década. Inédita no Brasil, a atração chega nesta sexta (15) ao Globoplay.

E olha que a série tinha pedigree. A atração jurídica foi criada por Tony Phelan e Joan Rater, dupla indicada duas vezes por Grey's Anatomy (2006 e 2007) na categoria melhor drama. Eles elaboraram a trama que acompanhava Sadie Ellis (Katherine), uma advogada de uma firma de ponta em Nova York que se apaixonou por um cliente, cirurgião acusado de matar uma ex-namorada 26 anos atrás.

Indicada ao Emmy em 2014 e 2017, Laverne aparece em Doubt na pele de Cameron "Cam" Wirth, uma mulher transgênero que advoga pelos direitos de minorias. Ela é colega de trabalho de Sadie. O elenco tinha ainda Dreama Walker (Gossip Girl), Dulé Hill (Psych), Elliot Gould (Friends) e Steven Pasquale (Bloodline).

A CBS tomou a decisão incomum de cancelar Doubt logo de cara devido ao péssimo desempenho da série junto ao público. Além disso, a atração foi detonada ao apresentar uma história mal desenvolvida, sem apelo.

Na estreia, a série foi vista por 5,31 milhões de americanos e ficou na vice-liderança na faixa (às 22h), atrás de Chicago P.D. (NBC). Já o segundo episódio teve um público de 4 milhões de telespectadores e foi apenas o 11º programa mais visto de todo o horário nobre na noite de 22 de fevereiro de 2017.

A interrupção precoce de Doubt chamou ainda mais a atenção porque as TVs dos EUA mudaram sua postura com cancelamentos nos últimos anos. Quando uma rede se depara com um fracasso desse nível, ela costuma exibir pelo menos 13 episódios da série, o padrão de uma encomenda inicial, para ter bagagem para vendê-la ao mercado internacional ou plataformas de streaming. 

Dentro desse contexto, a CBS optou por colocar no ar os 11 episódios restantes de Doubt cinco meses depois do cancelamento, em julho, fora da temporada oficial. Para completar, a desova ocorreu nas noites de sábado, dia em que a TV não exibe séries de ficção. Dois anos depois, a atração chega ao Brasil.

Por um tempo, Doubt manchou a carreira da vencedora do Emmy Katherine Heigl, a Izzie de Grey’s Anatomy. Isso porque ela já vinha de outro flop na TV, o sofrível drama State of Affairs (2014-2015). A atriz só retomou o sucesso na carreira em Suits, ao receber um excelente papel no drama de advogados, disponível na Netflix.

divulgação/usa network

Em Suits, Katherine Heigl reencontrou o rumo de sua carreira na pele da advogada Samantha


Um episódio, nada mais

Um corte tão abrupto é raro de se ver na TV dos Estados Unidos. A última vez que uma atração ficcional durou tão pouco foi em 2008, durante a greve dos roteiristas que paralisou a produção de séries. Para preencher parte de sua programação, a rede NBC recorreu a até então popular rede social MySpace e comprou Quarterlife, uma produção que misturava drama e comédia sobre jovens artistas de 20 e poucos anos no meio da nova geração digital. A série foi cancelada após um único episódio.

Na época, Quarterlife tinha sido exibida na internet antes de migrar para a TV, com 36 capítulos bem curtos. A NBC fez uma junção maluca e montou seis episódios televisivos de uma hora cada. O fracasso foi retumbante. A produção foi apenas o 17º programa mais visto pelos americanos na noite de 26 de fevereiro daquele ano.

Quartelife ficou atrás de realities das rivais, como Big Brother (CBS) e American Idol (Fox) e teve menos audiência do que um debate político, exibido pelo MSNBC, canal de notícias da NBC, entre candidatos do Partido Democrata para a Presidência dos Estados Unidos, com Barack Obama e Hillary Clinton. Foi como se uma atração da GloboNews tivesse mais público do que uma série na Globo.

Os cinco episódios restantes de Quarterlife foram desovados no Bravo, canal pago que também pertence ao grupo NBCUniversal.

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