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SÉRIE DA NETFLIX

Com The Chair, Sandra Oh prova que acertou ao deixar Grey's Anatomy para trás

Divulgação/Netflix

Sandra Oh em cena de The Chair

Ex-Grey's Anatomy, Sandra Oh brilha como a protagonista de The Chair, nova série da Netflix

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 21/8/2021 - 6h15

Sandra Oh deixou Grey's Anatomy há sete anos, depois de conquistar milhões de fãs como a médica Cristina Yang, melhor amiga da protagonista Meredith Grey (Ellen Pompeo). Desde então, ela foi indicada ao Emmy e venceu um Globo de Ouro por seu trabalho em Killing Eve. No entanto, é com The Chair, nova série da Netflix, que ela prova que fez o certo ao deixar o drama médico para trás.

Se em Grey's Anatomy é Ellen Pompeo quem tem o foco da trama, em Killing Eve, Sandra compartilhou (e até cedeu) holofotes para a estrela de Jodie Comer brilhar como a carismática assassina Villanelle. Com The Chair, enfim, a atriz de 50 anos ganha merecido espaço para tomar o protagonismo para si.

Na trama, Sandra interpreta Ji-Yoo Kim, a primeira mulher a assumir a chefia do departamento de Inglês da fictícia Universidade Pembroke, nos Estados Unidos. Sua principal missão é resgatar o interesse dos alunos pelo curso, que tem se esvaziado ano após ano.

Como chefe, ela precisa lidar com machismo e racismo por todos os lados, principalmente de seus pares mais velhos. Os professores idosos da Pembroke se recusam a se atualizar, mas não aceitam perder alunos para os mais jovens e disruptivos.

Orgulhosa de seu posto, Ji-Yoo começa a perceber que ser chefe requer mais trabalho do que ela imaginava. Para complicar, Bill (Jay Duplass), sua antiga paixão e professor mais popular do departamento, se encontra fora de si desde a morte de sua mulher. Em casa, ela tem que enfrentar as dificuldades de ser mãe solteira de uma filha com (grandes) problemas de comportamento.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Sandra Oh e Jay Duplass em The Chair

O maior desafio da nova chefe, no entanto, é ter que lidar com os veteranos do departamento. Com salários altos e opiniões fortes, eles se recusam a descer de seus pedestais e questionam as decisões dela. Conflitos à parte, o núcleo sênior de The Chair formado por Holland Taylor (Two and a Half Men), Bob Balaban (The Politician) e Ron Crawford (Laços de Sangue) protagoniza algumas das cenas mais engraçadas da atração.

Com apenas seis episódios, The Chair se mostra uma agradável surpresa. O texto escrito pelas criadoras Amanda Peet e Annie Wyman retiram o máximo do potencial cômico de Sandra Oh, de longe o principal destaque do elenco.

Um fator que funciona menos na narrativa é o romance entre Ji-Yoo e Bill. Carismático, Duplass convence como o professor quarentão em crise existencial, mas é na dualidade de sua personalidade que seu personagem se perde. Em certo momento, ele é a melhor pessoa do mundo ao se relacionar com JuJu (Every Carganilla), a filha de Ji-Yoo; em outro, sua teimosia o deixa quase intragável.

Do machismo à cultura do cancelamento, The Chair consegue navegar por temas importantes sem perder a veia cômica e soar pedante. O confronto cultural entre professores universitários e alunos é um terreno fértil para conflitos mas, felizmente, o roteiro o faz dando ênfase ao senso de humor.

De tantas particularidades, a série pode surpreender ainda mais o público ao chegar em seus créditos. The Chair é a primeira produção realizada pela Netflix através da parceria exclusiva com D. B. Weiss e David Benioff, responsáveis pelo fenômeno Game of Thrones (2011-2019). A dupla não colaborou nos roteiros, mas é interessante ver que a sua primeira aventura fora da HBO passa tão distante de dragões e batalhas sangrentas.

Assista ao trailer legendado da série:


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