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NO A&E

Documentário do Kiss tem pregação contra drogas e roqueiros sem maquiagem

DIVULGAÇÃO/A&E

Kiss em foto de divulgação para Kisstory, documentário da banda para o A&E

Kiss em foto de divulgação para Kisstory, documentário da banda para o A&E

ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 21/8/2021 - 6h45

Quase cinco décadas de puro rock. É assim que o Kiss, uma das bandas mais influentes do mundo, pode ser resumida. A história mais aprofundada, que teve início nos anos 1970, precisa de bem mais tempo para ser contada. É por isso que o documentário Kisstory, a ser exibido neste sábado (21) e domingo (22), tem quatro horas de duração. No especial, Gene Simmons e Paul Stanley, fundadores do grupo, mostram quem são os roqueiros por trás da maquiagem.

O início da banda em Nova York, nos Estados Unidos. O uso da pintura no rosto, a ascensão dos músicos, as primeiras desavenças, as idas e voltas de integrantes e até o ego inflado de Simmons estão na biografia da lendária formação. A realidade nua e crua do universo da música será narrada, com direito a uma pregação do vocalista contra drogas. "Nunca usei. Nunca nem fumei cigarros", afirmou.

"Decidimos fazer algo diferente. Kisstory não é doce nem um mar de rosas. Queríamos mostrar que toda jornada leva muito tempo. A vida é assim, não há só bons momentos, há também os péssimos momentos. A transparência de Kisstory é algo do qual estamos muito orgulhosos", declarou o cantor em entrevista coletiva da qual o Notícias da TV participou.

O roqueiro Gene Simmons em cena de Kisstory, documentário do A&E (Foto: Divulgação/A&E)

"Temos histórias maravilhosas e também as tristes, sobre integrantes que se envolveram com drogas e álcool. Há momentos bons e ruins. O mais importante é que devemos a verdade aos fãs. Kisstory conta a história do Kiss, mas também traz sinceridade", reiterou.

A veracidade dos depoimentos nos fatos dramáticos e positivos do Kiss são as apostas de Simmons para o documentário. Os fãs, segundo ele, poderão se sentir na intimidade dos músicos. No palco, o público vê artistas fazendo rock. No especial do A&E, poderão ver quem de fato são os homens por trás da imagem de ídolos.

"A coisa mais honesta é que as pessoas vão conseguir nos ver por trás da maquiagem. As mulheres vão entender isso. Quando você sai à noite, coloca batom, blush... Isso é o que você mostra. Para te conhecer de verdade, só quando a maquiagem sai e você fala do coração. O Kisstory é assim. Quando você tira a maquiagem: quem são as pessoas reais por trás disso?'", explicou.

Por contar a história como ela é, o baixista admitiu que há episódios obscuros em sua trajetória no mundo do entretenimento. Ele lamentou ter, por exemplo, sido espectador de como os vícios degeneram o ser humano. "Drogas e álcool. Esses são os piores inimigos da Terra", afirmou.

Por outro lado, ele admite que teve os próprios demônios. Precisou encontrar um meio-termo para entender e aprender a lidar com a própria personalidade. "Nunca usei drogas. Nunca fumei cigarros. Mas tenho um ego e sei disso. Uma das coisas é tentar controlar isso. Fui filho único, não tive irmãos. A única coisa que eu podia fazer era olhar para mim mesmo. Quando você olha no espelho e se vê só, é fácil esquecer que é preciso ter um time", explicou.

Divulgação/A&E

Cena de Kisstory, documentário do Kiss

Documentário sem ex-integrantes

O time inicial formado por Simmons para o Kiss não poderá ser visto em Kisstory. Peter Criss e Ace Frehley, ex-integrantes, ficaram de fora do documentário. Aparecerão apenas em imagens de arquivo de TV e rádio. A saída deles, aliás, é um episódio que o líder lamenta em sua trajetória artística.

"Os momentos mais tristes foram quando entendemos que os quatro membros originais não seguiram na jornada toda. Tivemos que nos divorciar de Ace e Peter em três momentos diferentes. E nós os amamos. Sempre serão parte da banda", considerou.

"Eles saíram do grupo três vezes e voltaram três vezes. A parte triste é que agora que estamos aqui, 50 anos depois, e não temos eles para aproveitar o sucesso. Eu liguei para eles. Disse que o documentário iria sair. Perguntei: 'Vocês querem estar no documentário?'. Os dois disseram 'não'. Perguntei: 'Querem voltar para a turnê? Tocar algumas músicas?'. Disseram 'não'. Foi triste", contou.

Atualmente, o Kiss é formado por Simmons, Stanley, Eric Singer e Tommy Thayer. A formação atual está em Kisstory e também na estrada. Na semana passada, após uma longa pausa por causa da pandemia, o Kiss voltou aos palcos. Com um esquema rigoroso contra a Covid-19, a banda deu início a uma série de shows nos Estados Unidos --o Brasil está na lista para 2022. Segundo o vocalista, esta é a turnê de despedida. "Tivemos muita sorte porque todos nós estamos com saúde e fortes", comemorou.

Prestes a completar 72 anos --ele faz aniversário na quarta-feira (25)--, ele entrega que o segredo da vitalidade é justamente o que ele pregou a vida inteira e o que poderá ser visto em Kisstory: cuidar do corpo e da mente. "O mais importante é que se você não beber, não usar drogas, não fumar cigarros, poderá chegar aos 71 anos assim", destacou.

"Mente saudável, corpo saudável. Há tantas pessoas que morrem cedo porque colocam besteiras em seus corpos. É como um carro. Se você colocar areia no lugar de gasolina, o carro morre. Não coloque areia em suas veias. Não coloque coisas ruins no seu corpo", alertou.

Kisstory será exibido neste sábado (21) e domingo (22), às 22h30, no A&E. Veja teasers:


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