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ESTREIA DO DISNEY+

Com carisma e humor, Loki corrige erros de Falcão e o Soldado Invernal

Divulgação/Disney+

Tom Hiddleston está com uma coleira eletrônica e segura uma caneta e um formulário em cena de Loki

Após roubar a cena no cinema, Tom Hiddleston ganha série para chamar de sua em Loki

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 8/6/2021 - 13h00

Boa notícia para os fãs da Marvel: Loki, que estreia nesta quarta-feira (9) no Disney+, está mais próxima da aclamada WandaVision do que de Falcão e o Soldado Invernal, que dividiu o público por se parecer mais com um filme longo demais do que com uma série propriamente. Com o carisma de Tom Hiddleston à frente do elenco, a nova atração tem tudo para repetir o sucesso da ficção estrelada por Elizabeth Olsen.

A trama repete algumas cenas de Vingadores: Ultimato (2019) para mostrar o sumiço do Deus da Trapaça, que roubou o Tesseract durante a viagem dos super-heróis ao passado e aproveitou essa distração para desaparecer. O problema é que, ao fazer isso, ele alterou a linha do tempo original e criou uma nova realidade.

É a deixa para entrar em cena a AVT (Autoridade de Variação Temporal), uma agência dedicada a acompanhar as diferentes dimensões e evitar que ocorram variantes --ou seja, que o fluxo das coisas divirja do seu rumo natural.

Loki é levado para a sede da AVT e julgado por seus crimes contra o tempo. Antes de receber sua pena, porém, o irmão de Thor (Chris Hemsworth) é abordado pelo agente Mobius M. Mobius (Owen Wilson), que propõe uma aliança ao vilão (ou anti-herói): se o Deus da Trapaça ajudá-lo em uma missão, o burocrata intercederá pelo protagonista diante dos Guardiões --as autoridades máximas das linhas temporais.

Viagem no tempo para leigos

Abordar viagens no tempo e realidades paralelas e ainda introduzir o Multiverso poderia facilmente confundir o público que não conhece tão bem os quadrinhos, mas o roteiro de Michael Waldron (de Rick and Morty) consegue explicar de maneira didática --tudo é literalmente desenhado para o espectador não se perder na narrativa.

Além disso, por colocar Loki como eixo central, a série se permite brincar com os conceitos de moral e ética o tempo todo. É possível contar com a lealdade de um personagem que é o próprio Deus da Trapaça? Ele é capaz de fazer coisas boas, mesmo que por interesses particulares? Ou os agentes da AVT precisam ficar de olhos abertos para não levarem uma facada nas costas?

São discussões que os filmes da Marvel não conseguiram debater com profundidade até o momento, e que a turma de Kevin Feige agora pode se debruçar ao longo de seis episódios com cerca de 50 minutos cada.

Outro ponto positivo é a boa química entre Hiddleston e Wilson. A dobradinha formada por Loki e Mobius remete a duplas policiais bem diferentes que precisam atuar juntas por algum motivo. A fórmula deu certo no cinema, em filmes como Máquina Mortífera (1987), e também na TV, em séries como Lucifer e The Blacklist.

O elenco da primeira temporada de Loki ainda conta com Gugu Mbatha-Raw, Wumni Mosaki, Sasha Lane, Sophia Di Martino, Richard E. Grant e Eugene Cordero. Confira o trailer da produção:


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