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AFIRMAÇÃO EM HOLLYWOOD

Apple tenta bater recorde de indicações da Netflix em sua estreia no Emmy

DIVULGAÇÃO/APPLE

Em uma bancada de telejornal, as atrizes Reese Witherspoon e Jennifer Aniston sorriem timidamente em cena de The Morning Show

Reese Witherspoon ao lado de Jennifer Aniston no drama The Morning Show, candidato ao Emmy

JOÃO DA PAZ

Publicado em 27/7/2020 - 6h50

O Emmy 2020 pode ser de afirmação para a Apple em Hollywood, assim como a premiação realizada sete anos atrás atestou a chegada da Netflix. O streaming novato Apple TV+ tem produções elogiadas inscritas no Oscar da TV, com cacife para superar as 14 indicações que a gigante do streaming alcançou em 2013. A credibilidade está em jogo.

Ambas as plataformas têm como semelhança o fato de entrarem na indústria de entretenimento americana rotuladas de outsiders (forasteiras) em um terreno ocupado por verdadeiras entidades como Warner Bros., Disney, Universal e Fox.

Apple e Netflix receberam o mesmo olhar torto de descrédito em seus primeiros passos. Afinal, uma empresa é a dona dos celulares, computadores e tablets mais cobiçados do mundo, enquanto a outra tinha como maior fonte de lucro o aluguel de DVDs, enviados aos clientes via correio (!). É praxe que quem está consolidado em um setor da economia desconfie dos aventureiros.

Por isso o Emmy 2013 foi tão importante para a Netflix. O streaming abocanhou nada menos do que 14 indicações, à frente de canais como History (10) e Discovery (6). Esse reconhecimento foi o "cheguei para ficar" que mostrou a todos que as séries lançadas naquele período eram de qualidade, sem dever nada a ninguém.

Quem colocou a Netflix nesse clubinho foi House of Cards (2013-2019), com nove indicações; Arrested Development, com três; e Hemlock Grove (2013-2015), com duas. Eram as webseries, como a imprensa chamava as atrações do streaming na época, desafiando o sistema e quebrando o status quo. House of Cards ganhou três estatuetas: direção (David Fincher), escalação de elenco e fotografia.

REPRODUÇÃO/APPLE

O ator Chris Evans deixou o cinema um pouco de lado para protagonizar Em Defesa de Jacob


O doce sabor da maçã

Foi só o primeiro passo da Netflix, que atualmente briga com a HBO para ser aquela com o maior números de indicações no Emmy. A Apple não tem essa pretensão toda, apenas trabalha para fazer programas de qualidade premium, dignos de um Oscar da TV. E, para este ano de estreia, seu streaming tem concorrentes fortes que podem desbancar a marca de 2013 da gigante rival.

E isso tudo em menos de um ano de atividade --o Apple TV+ foi lançado em novembro. O drama The Morning Show é o carro-chefe da plataforma e sai na frente com três indicações praticamente certas: melhor atriz (Jennifer Aniston), melhor ator coadjuvante (Billy Crudup) e melhor drama. A série também deve aparecer em categorias como roteiro e direção.

Entre as minisséries, Em Defesa de Jacob tem qualidade para ser indicada, mas cravar um espaço é complicado em um gênero que é um dos mais concorridos no Emmy. A atração tem direção e roteiro do nível da premiação. Uma surpresa boa seria a indicação do ator Chris Evans.

Estrelada por Hailee Steinfeld, Dickinson é uma comédia da Apple com condições de beliscar indicações nas categorias técnicas, como edição de som, figurino e direção de arte. No campo dos documentários, quem se destaca é Beastie Boys Story, atração sobre a história do grupo Beastie Boys.

Fora essas produções, o catálogo da Apple tem mais opções de alto nível de olho em uma vaga na cerimônia, como Little America, Servant, Little Voice e Truth Be Told.

Os indicados para o Emmy de 2020 serão conhecidos nesta terça-feira (28). Caso não haja adiamento por conta do novo coronavírus (Covid-19), a cerimônia com a entrega das estatuetas será realizada em 20 de setembro.

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