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TOCA CAVALO PRETO

Tibério de Pantanal, Guito passa vergonha ao pisar no palco com Fátima Bernardes

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Guito usa uma camisa vermelha, uma jaqueta preta e um chapéu de palha; ele olha para o lado enquanto umedece os lábios com a língua durante o Encontro desta quinta (23)

Tibério de Pantanal, Guito confessou estar nervoso em participação no Encontro desta quinta (23)

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 23/6/2022 - 12h42

Tibério de Pantanal, Guito não conseguiu disfarçar a vergonha ao participar do Encontro desta quinta-feira (23). De viola em punho, ele perdeu o tom da cantoria quando invadiu o programa de supetão. Fátima Bernardes, que não sabia da presença do colega, teve de decidir se o cumprimentava ou o deixava tocar.

Constrangido pelo impasse, ele lembrou as primeiras cenas com Marcos Palmeira, o José Leôncio da novela das nove da Globo. "Eu estou nervoso aqui, mas o Marquinhos me deixou à vontade lá. Eu estou acostumado a fazer show muito sozinho, viajava o Brasil, mas ali dava aquele nervoso. O fato de eu ter começado a gravar no pantanal me ajudou, eu estava em ambiente que era mais familiar para mim", afirmou. Pantanal é a primeira novela da carreira de Guito.

O intérprete do "rei do gado", aliás, também estava presente na atração matinal. Marcos Palmeira foi homenageado pelo TBT do Encontro, quadro em que a apresentadora relembra a carreira do participante. Além de Vale Tudo (1988) e A Dona do Pedaço (2019), o ator lembrou sua participação na primeira versão de Pantanal, exibida pela extinta Manchete (1983-1999).

"Foi interessante relembrar as cenas do Tadeu, porque eu fiz um resgate de 1990, quando fiz uma imersão muito grande no pantanal. Nós ficamos cinco meses lá direto, e eu acompanha os peões o dia inteiro, rodando, buscando marruá. Meu Zé Leôncio talvez seja um Tadeu mais maduro (...) Foi emocionante estar ali 30 anos depois. Um ciclo se fecha e outro se abre, é muito simbólico", disse.

O José Leôncio do ator, afinal, tem diferenças significativas quando comparado ao de 1990, vivido por Claudio Marzo (1940-2015). Bruno Luperi, responsável pelo remake, fez questão de levantar discussões atuais no folhetim. Para isso, teve de atualizar a postura do "herói" pantaneiro.

"O Zé é um cara bronco, mas é muito inteligente. Ele reflete em cima dos erros, e a Filó [Dira Paes] traz pra ele a realidade. A questão da homofobia, por exemplo, que a gente não apaziguou em nada. Agora vai entrar a internet, e está bem interessante", adiantou.

Toca Cavalo Preto

A sincronia com o personagem é tanta que Marcos Palmeira não conseguiu segurar a língua ao ver Guito. Assim que avistou o cantor com a viola, não pôde deixar de proferir seu clássico "toca Cavalo Preto". O todo-poderoso, afinal, fala tanto esta frase que a música de Sergio Reis cresceu 900% nas plataformas de música desde a estreia da novela. 

"A própria equipe está curtindo tanto a novela que, vira e mexe, eles viram pra mim e falam: 'Pede pra ele [Guito] trocar Cavalo Preto'", disse, aos risos. "A gente se acertou, os bastidores são fantásticos. O prazer de estar no set, estar trabalhando... Esta troca constante, um ajudando o outro... Fico feliz que o público está comprando. Isso é o mais importante", afirmou.

Marcos Palmeira no TBT do Encontro desta quinta (23)

Marcos Palmeira no TBT do Encontro

Além do próprio Marcos Palmeira, outro ator saltou da Pantanal dos anos 1990 está no remake: Almir Sater. Intérprete de Trindade na primeira versão --papel que, hoje, é de Gabriel Sater, seu filho--, ele agora dá vida ao chalaneiro Eugênio. Guito sonhava em conhecer o cantor, que é seu ídolo.

"A gente foi tomar um banho de rio na fazenda dele nos intervalos da gravação. Acabou que o pessoal foi tomar um café, e sobrou só eu e ele lá no quiosque. Aí eu: 'Agora pronto, tá só nos dois. Eu não vou falar nada, tenho que escutar o mestre'. Acho que ele pensou a mesma coisa, porque a gente ficou uns 20 minutos sem falar nada, só olhando pra frente, escutando passarinho. Até que o Almir falou: 'Acho que nós podemos tomar um café', e eu: 'Então vamos, então vamos'", relembrou, entre risos.

O cantor admira Sater desde a primeira versão do folhetim. Interessado por música desde muito novo --ele começou a tocar aos 13 anos.

"Meu avô foi um boêmio que tocava choro, mas ele morreu sem ver nenhum dos netos tocar. A gente herdou os instrumentos dele, e foi ai que despertou o interesse. Quando começou a juventude, eu acabei tocando por precisão, para fazer bonito [risos]. Depois eu toque na faculdade, tive uma dupla caipira com meu irmão e uma dupla de rock. Bem parecido, né?. Aí parei por 10 anos, fui viver como agrônomo, uma vida executiva. Há sete anos, eu larguei tudo e voltei pra arte", contou Guito, ainda na atração matinal.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do criador da história, e ficará no ar até outubro. Em seguida, a Globo vai estrear Travessia, trama de Gloria Perez.

Leia os resumos dos próximos capítulos da novela Pantanal.


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