Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Threads
BlueSky
Instagram
Youtube
TikTok

AOS 65 ANOS

Savala tem sua vida fuçada por jovens devido à malvada de Êta Mundo Bom!

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Com cabelos e rosto como se tivesse sido chamuscado, Elizabeth Savala faz um assopro para o lado com a boca em Êta Mundo Bom!

Elizabeth Savala na cena em que Cunegundes é atingida por um raio na novela Êta Mundo Bom!

REDAÇÃO

Publicado em 20/8/2020 - 20h32

Egoísta, interesseira e vigarista, a personagem de Elizabeth Savala em Êta Mundo Bom! é um ponto fora da curva. Mesmo de índole duvidosa e abusando de todos à sua volta, ela é querida pelo público. O sucesso que a malvada fez em 2016 na primeira exibição da novela se repete na reprise e surpreende a própria intérprete da "boca de fogo". A atriz conta que jovens estão fuçando sua vida para saber mais sobre seus trabalhos.

A matriarca da fazenda Dom Pedro 2º, que vive assoprando o próprio cabelo, reclama do apelido e berra "neu nome é Cu-ne-gun-des", proporciona momentos divertidos no folhetim de Walcyr Carrasco. Trancada em casa devido à pandemia de Covid-19, Elizabeth Savala se diz impressionada com o retorno que está tendo com a reapresentação da história.

"É muito divertido acompanhar as peripécias daquela família na fazenda, e as situações são sempre comandadas pela Cunegundes, uma personagem fortíssima. O retorno nas redes sociais é imenso, o que se formou de fã-clubes é uma loucura. É interessante porque eles são jovens e adoram a personagem. E, por isso, vão atrás de tudo que eu fiz na carreira", conta a veterana, que está com 65 anos. 

Ela está revendo não só apenas Cunegundes, mas também a vilã Jezebel, personagem que fez em Chocolate com Pimenta (2003), outra trama de Carrasco que está sendo exibida --essa, pelo canal Viva.

"São duas histórias bem diferentes e engraçadas, ele sabe lidar com o humor e ao mesmo tempo com o sentimento das pessoas de uma forma bem interessante. Cunegundes sempre é motivo de comentários animados nas redes sociais", diz.

Elizabeth Savala em casa (Estevam Avellar/TV Globo)

A poucos dias do final da reprise no Vale a Pena Ver de Novo, a atriz conta, em entrevista enviada pela Globo, que está revivendo o sucesso de 2016.

Ela também lembra com alegria as gravações mais bizarras que fez na pele da caipira de Êta Mundo Bom!. São cenas como aquela em que um raio a deixou chamuscada ou quando ela teve a cara enfiada na lama. 

"A gente se divertia demais fazendo. Quando o Jorge Fernando [diretor que morreu em outubro do ano passado] me chamou para a novela, e eu conheci a Cunegundes, me apaixonei imediatamente. Mas também fiquei com receio, porque era uma personagem muito forte, de certa forma malvada, e ao mesmo tempo descontraída. Tanto na forma física, quanto na forma de falar do interior", recorda-se Savala.

Ela tinha medo de exagerar na dose. "Nós fizemos aula de preparação para termos o sotaque de todos parecidos, como se tivéssemos nascido naquele lugar. Eu também pedi a ajuda do meu filho Thiago Picchi, porque ele também é diretor e tem uma visão de direção que gosto muito. Ele me ajudou bastante na construção da Cunegundes. Às vezes, ele falava: 'Olha lá, mãe, está exagerando. Não é para fazer humor nesse momento, ela é forte, as pessoas têm de acreditar'."

Ela também afirma que o sucesso da história se deve ao diretor. "O Jorge Fernando estava muito criativo nesta novela, mais do que o comum (risos)", declara a atriz, que lembra com saudosismo de Flávio Migliaccio, que interpreta Josias e que foi encontrado morto em maio deste ano em seu sítio. "Ele esteve comigo em vários trabalhos. Como foi divertido fazer essa novela. Os dias que tinham banho de lama, chiqueiro, eram uma loucura (risos)."

Para a atriz, o lema de Candinho (Sergio Guizé), "tudo que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar", é importantíssimo estar em foco em uma época como a que os brasileiros enfrentam com a pandemia de coronavírus.

"Tem tudo a ver com esse momento que a gente está passando. Fora isso e o humor da fazenda, as cenas na cidade são maravilhosas: é onde passam os bondes, as músicas são fantásticas, com muito jazz, Nelson Gonçalves.. O figurino de época é lindo. Há uma leveza nessa novela que a torna ainda melhor de assistir nesse momento", finaliza a veterana. 

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.