Quanto Mais Vida, Melhor taca fogo em conflitos para virar o jogo; entenda

Quanto Mais Vida, Melhor! passará por uma mudança radical. No próximo sábado (26), a Morte (A Maia) trocará os corpos dos protagonistas para dar uma lição nos quatro. A reviravolta promete trazer um gás à história, que está há três meses no ar e já não empolga mais. Com o recurso sobrenatural, a novela das sete da Globo detonará de uma só vez vários conflitos.

Não é incomum que folhetins repitam situações para fisgar a atenção do público e facilitar a compreensão. O problema é que a trama de Mauro Wilson levou essa tradição a um nível muito elevado e corre há tempos atrás do próprio rabo.

Na semana que marca a virada dos personagens principais, por exemplo, será revelado que Tigrão (Matheus Abreu) não é filho de Guilherme (Mateus Solano), mas, sim, de Neném (Vladimir Brichta).

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Essa é a terceira revelação do gênero desde o início da narrativa: Tuninha (Jussara Freire) contou que era a verdadeira mãe de Paula (Giovanna Antonelli) e Jandira (Micheli Machado) relatou que Tina (Agnes Brichta) é filha de Roni (Felipe Abib).

Essa é a ponta do iceberg de repetições da novela. Celina (Ana Lucia Torre) já elaborou pelo menos 30 planos malignos para acabar com a nora. O casamento de Guilherme e Rose (Bárbara Colen) foi e voltou tantas vezes que cansou até os próprios personagens.

E o que dizer dos incontáveis flashbacks da ex-modelo com Neném no passado? Sim, os dois eram muito apaixonados, todo mundo entendeu na vigésima retrospectiva.  

Apesar de ter alguns conflitos bem construídos, o excesso de situações similares empacaram a saga, que tem sofrido para empolgar a audiência e se mantido em um patamar que não chega a ser desastroso, mas está distante de sucessos da faixa, como Bom Sucesso (2019). 

'Verdadeira novela'

Uma explicação para esse ritmo tão arrastado de Quanto Mais Vida, Melhor! é que a primeira fase foi toda um grande "esquenta" para que a troca de corpos pudesse ocorrer, algo que é admitido pelo próprio autor. Segundo Mauro Wilson, a ideia sempre foi fazer uma novela na qual os protagonistas assumissem novas identidades.

"Para eu fazer essa ideia de mudar quatro personagens, eu precisava apresentar bem os quatro e os núcleos deles para que, quando eles mudassem, o público percebesse claramente. Na verdade, todo esse começo da novela talvez seja para preparar a troca de corpos", destaca o novelista.

A ideia veio de fazer algo divertido, diferente. Como é a minha primeira novela, tudo é novo. Eu não vi ela no ar, eu estava escrevendo os personagens trocados sem ver eles normais. A trama vai dar uma virada tão grande. Não é só uma troca, eles têm que aprender a ser aqueles personagens [trocados]. Acho que é isso que a Morte realmente quer, que eles vivessem outras vidas e entendessem melhor as próprias vidas. 

Paula trocará de corpo com Neném, enquanto Guilherme trocará com Flávia (Valentina Herszage). Com isso, eles terão que se envolver nos problemas uns dos outros e, finalmente, começarão a entender alguns de seus erros.

Até a abertura do folhetim será alterada, em uma demonstração de que a história promete realmente começar de novo. Isso é crucial para que o público possa enfim mergulhar de cabeça nos dramas que tanto foram prometidos e que ficaram perdidos entre um repeteco e outro. 

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