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Fotos: Reprodução/TV Globo
Sophia (Marieta Severo) em cena de O Outro Lado do Paraíso; madame será trancada em manicômio
MÁRCIA PEREIRA
Publicado em 17/4/2018 - 5h30
Após receber os capítulos da última semana, o elenco de O Outro Lado do Paraíso foi surpreendido com a chegada de adendos que alteraram algumas cenas. O autor Walcyr Carrasco e seus colaboradores passaram um pente-fino nos diálogos e revisaram procedimentos psiquiátricos e jurídicos do julgamento de Sophia (Marieta Severo).
As principais mudanças são no diagnóstico e na forma como será anunciada a sentença da vilã. A primeira versão dos roteiros dizia que Sophia sofreria de "grave psicose mental" e não seria comprovado que um dos seus crimes foi premeditado.
Com os ajustes, Patrick (Thiago Fragoso) provará que a morte de Rato (Cesar Ferrario) foi premeditada, e o diagnóstico dela apontará "um transtorno de controle dos impulsos assassinos".
Antes, ela também seria enviada à análise de uma junta médica sem qualquer explicação ao júri, após confessar seus crimes. O autor mudou isso, incluindo uma explicação na boca de Raquel (Erika Januza).
"Faremos um recesso até amanhã para que a sentença seja proferida. O júri deve ser hospedado em um hotel, onde deve evitar todo e qualquer contato com o mundo exterior. A ré deverá ser conduzida à prisão, de onde voltará para ouvir a sentença", explicará a magistrada.
Avaliação psiquiátrica ganha um "plus"
Sophia sairá do tribunal para a delegacia, onde passará pela avaliação psiquiátrica. Diálogos foram inseridos na cena após o pente-fino.
"Foi considerada culpada de quatro crimes cometidos a tesouradas. Foram cometidos por premeditação ou aconteceram no impulso do momento?", perguntará Samuel (Eriberto Leão), que estará acompanhando de outros dois psiquiatras.
Assassinato de Laerte (Raphael Vianna) e outros dois foram cometidos por impulso assassino
Anteriormente, só tinha uma pergunta e uma resposta, mas agora ela falará com os médicos sobre o que a motivou a matar Laerte (Raphael Vianna) e as outras vítimas.
"Eu estava com ele num quarto, havia uma tesoura à mão, deixada sobre um móvel. Nem pensei. Simplesmente me defendi, eu matei o Laerte no impulso. E com a prostituta que foi me chantagear, também reagi motivada pelo momento. Eu tinha a tesoura na bolsa. Caso contrário, teria escolhido lugar melhor que a mina para matar aquela vagabunda", relatará a Mãos de Tesoura.
"Finalmente, o Mariano. Ele me desafiou. Tem que entender que o Mariano sempre me pertenceu. Ele estava disposto a me abandonar pela Lívia [Grazi Massafera]. Ainda queria dinheiro pra ficar quieto. A fúria subiu dentro de mim, enfiei a tesoura nele sem pensar nas conseqüências. Mas sempre encontrei quem me ajudasse a me livrar dos corpos", continuará ela.
"A única morte premeditada foi a do Rato? Estou certo?", questionará Samuel. "O Rato tinha muitas provas contra mim. Eu teria ficado nas mãos dele pelo resto da vida. Era um amigo, era útil. Foi uma lástima matá-lo", dirá a vilã.
"Nesse caso, admite que sente remorso?", indagará o diretor do hospital. "Era preciso. Samuel. Doutor Samuel, precisa entender. Eu tive que fazer isso. Tudo o que fiz foi por minha família", afirmará a assassina.
Diagnóstico alterado
No dia seguinte, no tribunal, o filho de Adnéia (Ana Lucia Torre) falará sobre a conclusão a qual a junta médica chegou.
"A ré não demonstra nenhum remorso, nenhum sentimento pelos crimes que cometeu, pelas vidas que ceifou. Temos aqui um laudo onde se atesta que a ré é psicopata. Mais que isso. Tem uma personalidade impulsiva. E transtorno de controle dos impulsos assassinos", explicará ele.
Julgamento provará que assassinato de Rato (Cesar Ferrario) foi premeditado pela vilã
"Dos quatro crimes que estão sendo julgados, três, incluindo a tentativa de assassinato de Mariano, ela cometeu no puro impulso do momento. Oferece perigo à sociedade. Minha orientação e de meus colegas psquiatras é que seja enviada ao manicômio judiciário", aconselhará o psiquiatra.
Raquel irá se reunir com o júri para depois voltar e dar a sentença. Essa cena não existia na primeira versão dos capítulos finais.
"O júri decidiu seguir a avaliação psiquiátrica. Segundo a deliberação do júri, a ré não está em plena posse de suas faculdades mentais e é incapaz de controlar seus impulsos assassinos. Diante disso, este tribunal determina que Sophia Montserrat seja transferida a um manicômio judiciário. E só sairá quando tiver alta médica, dada por uma junta de psiquiatras", revelará a magistrada.
Correções mantêm desfechos programados
Entre as correções foram incluídos termos jurídicos e até a forma da revelação do veredito. O testemunho de Gael (Sergi Guizé) também ganhou um "plus" para explicar como ele se voltou contra a mãe. Porém, não muda o que estava programado.
A Mãos de Tesoura será trancada em um manicômio judiciário e levará eletrochoques, como antecipou o Notícias da TV no último sábado (14).
O desfecho do julgamento justifica a temática principal da novela: a lei do retorno. Clara (Bianca Bin) falará a frase que tanto espera dizer em O Outro Lado do Paraíso e que já constava na primeira versão dos capítulos finais: "Sophia. Vai passar por tudo que eu já passei. Você foi minha última vingança. Eu venci".
Várias cenas do último capítulo ainda são mantidas em segredo. Sophia pode ter ainda mais alguma punição ou mesmo virar o jogo.
Ela seguirá encurralada até o final de abril, quando receberá voz de prisão ao tentar matar Caetana (Laura Cardoso). No início de seu julgamento, no ar na penúltima semana, a madame terá um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Por isso, seu julgamento será remarcado e só irá ao ar nos dois últimos capítulos da novela, que terminará em 11 de maio.
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