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Marieta Severo

'A primeira tesourada é inesquecível', diz atriz da vilã de O Outro Lado do Paraíso

Reprodução/TV Globo

Marieta Severo com a tesoura nas mãos nos bastidores da novela das nove da Globo - Reprodução/TV Globo

Marieta Severo com a tesoura nas mãos nos bastidores da novela das nove da Globo

MÁRCIA PEREIRA

Publicado em 3/5/2018 - 6h18

Após atacar quatro vítimas com uma tesoura em O Outro Lado do Paraíso, Marieta Severo diz que se acostumou com as cenas sanguinárias. "A primeira tesourada foi horrível, eu fiquei muito mobilizada, me lembro de cada detalhe, foi inesquecível", conta a atriz. Para a veterana, as sequências mais difíceis são com Estela (Juliana Caldas).

"Emocionalmente me custa mais", revela Marieta, referindo-se ao desprezo e preconceito que tem de imprimir contra a personagem com nanismo. "São falas muito cruéis. Quando você começa, é uma linha que tem no personagem que é muito tênue. Vou falando aquelas coisas, é muito doloroso", explica a atriz de 71 anos.

Ela diz que não leva nada disso para casa, mas sai das gravações com cansaço físico e emocional. A atriz afirma que não sabia que se tornaria uma serial killer na trama, mas voa junto com o autor Walcyr Carrasco.

"O ator também se surpreende com a capacidade do autor de criar coisas e de te levar para caminhos que você não imaginava", diz.

Marieta sabia que faria uma vilã com uma família disfuncional. "Trabalhei para criar uma mãe que desse margem a esses filhos. Descobri que existe o termo mãe tóxica, que é uma mãe que intoxica emocionalmente os filhos, e tem uma relação bloqueada com afeto."

Matança na primeira novela
A atriz conta que, conforme foi sendo surpreendida com os desdobramentos criados por Carrasco, achou até que estava sendo homenageada. Quando estreou nas novelas, Marieta fez uma serial killer em O Sheik de Agadir (1966).

"Eu era o Rato, e agora eu tinha um capanga chamado Rato. Fiquei toda boba achando que era uma homenagem. Um dia fui perguntar para o Walcyr, e ele disse que nem lembrava", confidencia, aos risos.

raquel cunha/TV Globo

Laerte (Raphaell Vianna) foi a primeira vítima da Mãos de Tesoura em cena de 8 de janeiro

Marieta não acredita na capacidade de Sophia de se regenerar. "Como ela pode ter um bom final, se ela não tem nada de afeto, empatia, solidariedade, nenhum valor para sustentar? Ela é um exemplo de valores presentes na sociedade moderna. Temos que dar o exemplo através dela, acho que ela tem de se ferrar."

Engana-se quem acha que Marieta não gosta do papel. Ela faz questão de falar que é muito bom poder fazer um trabalho com a repercussão alcançada pela trama.

"A gente trabalha para isso. Para levar ao público emoções das mais variadas, mesmo que seja raiva. O ator quando tem um personagem dessa força, como a Sophia, já trabalha contente." 

Dona Nenê ficou para trás
Com 51 anos de carreira, Marieta estava com sua imagem muito associada à da Dona Nenê, a matriarca de A Grande Família (2001-2014). Aliás, ela diz que nos primeiros meses de O Outro Lado do Paraíso o que mais ouvia nas ruas era: "Dona Nenê, como a senhora está má!". Atualmente, isso não acontece mais. "Só dizem coisas como: 'Estou com ódio de você'", conta.

A trama termina na próxima semana, dia 11. Cansada, Marieta não marcou nada para fazer nos próximos dois meses. Ela quer recuperar as energias para depois se preparar para rodar no segundo semestre o filme Aos Nossos Filhos, com roteiro e direção de Maria de Medeiros.

Por enquanto, o público verá Marieta interpretando o merecido sofrimento de sua megera. Acamada, Sophia acabará rejeitada, e será Estela quem cuidará dela. Mas a vilã é sangue ruim. Mesmo doente, ela mandará matar duas pessoas para se livrar da cadeia.

Por último, fará de tudo para incriminar Clara pelos seus crimes, mas seu final está selado: a Mãos de Tesoura terminará trancada em um manicômio.


Confira quatro reportagens especiais sobre O Outro Lado do Paraíso:

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