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VITÓRIA

Novela adiada após massacre, reprise da Record tem núcleo neonazista

REPRODUÇÃO/RECORD

Juliana Silveira com uma camisa preta, olhar firme e de raiva, como a nazista Priscila

Juliana Silveira como nazista em Vitória (2014), novela que será reprisada pela Record

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 15/2/2022 - 6h35

A Record vai reprisar pela primeira vez a novela Vitória, escrita por Cristianne Fridman e produzida em 2014. A trama vai entrar no lugar de Prova de Amor (2005) e tem um núcleo neonazista como o seu principal destaque. Uma reexibição iria acontecer em de março de 2019, mas a Record desistiu naquele momento por conta do massacre ocorrido em Suzano, que causou a morte de dez pessoas em uma escola da Grande São Paulo.

O caso foi em 13 de março de 2019. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, invadiram a Escola Estadual Professor Raul Brasil armados e atiraram contra funcionários e estudantes --ambos já haviam estudado no local. Após matarem oito pessoas, eles tiraram a própria vida. 

Um dia depois da tragédia, a Record mudou de ideia, cancelou a reestreia de Vitória naquele ano e decidiu reexibir Caminhos do Coração (2007), a primeira novela da trilogia dos Mutantes. A rede de Edir Macedo entendeu que cenas da trama lembravam o que havia acontecido com as vítimas e que não era o momento adequado para a reprise.

Uma das poucas tramas contemporâneas da Record que ainda não haviam sido reexibidas na faixa da tarde, Vitória casou barulho na época por causa do núcleo neonazista do folhetim. Esse trecho contava a história da jovem de classe média Priscila, interpretada pela atriz Juliana Silveira.

Priscila era líder de um núcleo nazista que assassina negros, gays e homossexuais, além de armar atentados terroristas. Os personagens Paulão (Marcos Pitombo) e Enzo (Raphael Montagner) também cometem esses atos, a mando de Priscila, que é namorada de Paulão.

Já no capítulo três e quatro, ou seja, na primeira semana, eles executam um homem negro chamado Sorriso (Izak Dadora) com requintes de crueldade. O núcleo também tem Bárbara (Liége Muller), uma policial infiltrada no grupo, que investiga seus crimes e tenta evitar ao máximo as barbaridades cometidas pelos seus "colegas".

Em determinado momento, ela consegue fazer Enzo se arrepender dos seus crimes, e ele vira um importante aliado para que Priscila e Paulão sejam denunciados. 

Vitória também conta a história de Artur (Bruno Ferrari), que foi rejeitado pelo pai na infância por ter ficado paraplégico. Ele arma um plano de vingança e tenta fazer justiça de qualquer forma.

A novela competia diretamente com Em Família (2014), trama das nove da Globo na época. Mas mesmo assim não chamou a atenção do público e marcou média de apenas 5,8 pontos na Grande São Paulo.

Foi o terceiro pior resultado de um folhetim da Record até então desde a retomada da área de dramaturgia da TV, em 2004 --na frente apenas de Alta Estação (2006) e Pecado Mortal (2013), que alcançaram 5,6 pontos.


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