RIXA TENEBROSA
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
José Leôncio (Marcos Palmeira) incentivará Jove (Jesuita Barbosa) a andar armado em Pantanal
José Leôncio (Marcos Palmeira) vai bater de frente com outro princípio de Jove (Jesuita Barbosa) em Pantanal. O rapaz, que estará sob risco eminente de morrer pelas mãos de Alcides (Juliano Cazarré), será quase forçado a andar com uma pistola mesmo sem ter porte. Ele se recusará a seguir a ordem do pai e bradará que isso é crime. "É um instrumento de morte, de opressão. Não, isso não é pra mim. Eu não gosto. Sou contra", disparará.
A preocupação do todo-poderoso do bioma será válida. Se depender do amante de Maria Bruaca (Isabel Teixeira) o urbanoide já estará abaixo de sete palmos de terra. Alcides ficará furioso após ser humilhado publicamente pelo caçula dos Leôncio.
Durante a festa que celebrará o casamento entre Jove e Juma (Alanis Guillen), o sobrinho de Irma (Camila Morgado) surrará tanto o convidado que o deixará inconsciente. A briga terá início após o capataz tentar arrastar a noiva para dançar à força.
Metido a "machão", o personagem de Juliano Cazarré não conseguirá engolir o desaforo. Ele gritará aos quatro ventos que pretende matar o vizinho. Ele fará a ameaça na cara de Tadeu (José Loreto), que, apesar de duvidar, levará o recado ao pai.
Diferentemente do filho do meio, porém, José Leôncio acreditará na intimidação de cara. Por isso, recorrerá ao único meio que ele conhece para proteger o filho: oferecê-lo uma arma. "Desgraça nenhuma vai acontecê. Mais nóis, também, num vâmo dá chance pro azar", afirmará o pecuarista, em cenas que devem ir ao ar a partir desta quarta-feira (20).
O clima será tenso. Mariana (Selma Egrei), que já terá sugerido levar o neto de volta ao Rio de Janeiro, ficará embasbacada ao ver o revólver. Até Filó (Dira Paes) tremerá na base. Irma tentará apelar ao fato que nenhum outro peão anda armado, mas levará uma invertida de Tadeu. "Nenhum de nóis andâmo jurado de morte!", constatará o peão.
Mas ninguém ficará mais furioso com a proposta do que o próprio Jove. Ele fará um discurso contra o armamento, com direito a estatísticas e até uma certa repressão a Juma, que já tentou ensinar o marido a atirar com sua espingarda.
"Eu sou completamente contra o uso de armas", retrucará o caçula. "Eu também sô! E num tô falâno pr’ocê usá... Mais, se fô o caso de precisão, é melhor ocê sabê como usá e tá com ela sempre por perto", reclamará o patriarca.
Jove e Alcides se enfrentarão em casamento
"Esse tipo de argumento sem sentido que faz os índices de homicídios e violência aumentarem, dia após dia", argumentará o marido de Juma. Mas o pecuarista não desistirá de convencê-lo tão fácil: "Ocê numvai usá isso pra machucá ninguém, vai usá pra legítima defesa", completará o homem.
Jove, então, usará todo seu conhecimento no tema para defender seu ponto de vista. "Com todo o respeito, pai, mas as estatísticas provam o contrário: quanto mais armas circulam por aí, maiores os casos de homicídios... Isso sem contar acidentes, aumento de suicídios. E o Brasil dobrou o número de armas nas mãos de civis em apenas três anos!", afirmará.
De algum jeito, o velho Joventino (Irandhir Santos) surgirá entre os argumentos inflamados na conversa entre pai e filho. Enquanto o mais velho clamará pela memória do pai para defender o porte de armas, o filho usará suas convivência com o Velho do Rio (Osmar Prado) para recusá-la. "Eu não acredito que o meu avô pudesse fazer qualquer apologia ao uso de armas", resmungará o jovem.
Como sempre, a mera citação da entidade pantaneira fará o ricaço perder a cabeça. Ele praticamente escorraçará o filho, ao reafirmar que o rapaz nunca conheceu o avô. Jove, mais uma vez, dirá que não só o conheceu, como conviveu com o Velho do Rio --e até tirou uma foto dele.
Enquanto José Leôncio ficará furioso com o discurso do filho, Juma não entenderá nada. A mocinha ficará extremamente confusa com tanto auê por causa de um simples "revórve". Para o urbanoide, porém, é mais do que isso. "Não é só um revólver. É uma arma de fogo, um instrumento de morte, de opressão. Não, isso não é pra mim. Eu não gosto. Sou contra", clamará o jovem.
Mas Juma terá muito medo que o rapaz acabe morto da mesma forma que Maria Marruá (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz), que levaram tiros certeiros. Ela até se oferecerá para detonar Alcides, mas receberá outra palestrinha como resposta. "Muita gente morre de arma na mão, por não saber usar... Ou faz besteira por não terem cabeça para lidar com um poder desse em uma situação extrema", explicará o jovem.
Apesar da enxurrada de dados para justificar uma simples negativa, os argumentos de Jove terão respaldo científico. Em um manifesto publicado em 2016, cinquenta e sete pesquisadores de instituições nacionais e internacionais defenderam a manutenção do Estatuto do Desarmamento brasileiro.
Os principais documentos que contabilizam e analisam homicídios no Brasil --Mapa da Violência, Atlas da Violência, e Anuário Brasileiro de Segurança Pública--, formulados por pesquisadores da área da segurança pública, também indicam que mais armas em circulação resultam em mais homicídios.
Estudos também relacionam o acesso a armas com um maior risco de suicídio, feminicídio, morte de crianças --que, muitas vezes, manuseiam o revólver dos responsáveis como um brinquedo-- e até a morte dos próprios portadores, que se encorajam a enfrentar outros cidadãos armados e acabam mortos.
Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor.
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