TODAS AS GAROTAS EM MIM
REPRODUÇÃO/RECORD
Mirella (Mharessa Fernanda) em Todas as Garotas de Mim; série bíblica fez feio no Ibope
DANIEL FARAD e GABRIEL VAQUER
Publicado em 9/6/2022 - 7h00
Atualizado em 9/6/2022 - 8h24
O tropeço na estreia de Todas as Garotas em Mim acendeu um alerta vermelho na Record para uma das piores crises desde Máscaras (2012). A emissora aguarda uma possível reação da novelinha adolescente para reverter ou, ao menos, tentar minimizar os estragos no horário nobre. A perspectiva, aliás, não é das melhores com a estreia de mais uma temporada de Reis em julho --comprovadamente um fiasco de audiência.
A produção, que ganhou o apelido de "Malhação bíblica" por causa do apelo com os jovens, conseguiu derrubar ainda mais os índices da antecessora. O primeiro capítulo marcou 4,8 pontos na Grande São Paulo na noite de terça (7) e perdeu até para a reprise de Carinha de Anjo (2016), no SBT.
Segundo fontes do Notícias da TV, o clima nos bastidores não é dos melhores diante da fuga do público. A cúpula da Record passou a quarta (8) avaliando os números, mas ainda não propôs qualquer intervenção à espera de dados mais concretos.
O resultado coloca mais uma vez em xeque a gestão de Cristiane Cardoso à frente do Departamento de Dramaturgia. A filha de Edir Macedo foi uma das idealizadoras de Todas as Garotas em Mim e, inclusive, designou uma de suas principais aliadas como autora titular --Stephanie Ribeiro, que assinou a sexta fase de Gênesis (2021).
Reis também foi um projeto que partiu da apresentadora do The Love School, que reuniu as novelas encomendadas a Paula Richard e a Cristianne Fridman sob o formato de série. Ela inicialmente entregou os roteiros a Raphaela Castro, mas assumiu oficialmente como titular da quarta e da quinta temporadas.
O Notícias da TV já havia adiantado que os problemas com o folhetim, como atrasos na produção e baixa audiência, criaram um coro de insatisfeitos contra Cristiane. Uma ala mais ligada aos interesses da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) a defende, afirmando que a culpa é do próprio público --entregue a tramas mais "mundanas" como Pantanal.
A crise era impensável até alguns meses atrás com os números e a boa repercussão de Gênesis. O compilado de reprises A Bíblia até conseguiu segurar parte da audiência com trechos de Os Dez Mandamentos (2014) e A Terra Prometida (2016). O milagre, no entanto, não se repetiu com Reis.
Procurada, a Record não se pronunciou até a publicação deste texto.
Máscaras chegou a ser encurtada duas vezes por causa da baixa audiência e das críticas, levando Lauro César Muniz a suspeitar que a produção foi até mesmo "sabotada" nos bastidores. "Eu me senti como um bode expiatório dentro de uma guerra de poder", disse ele, em depoimento ao Notícias da TV.
A trama é considerada o fim do renascimento da teledramaturgia na Record, iniciada com A Escrava Isaura (2004). Depois dela, nenhuma das tramas fez tanto sucesso quanto as antecessoras, a exemplo de Caminhos do Coração (2007) --a qual chegou a incomodar a Globo.
A rede de Edir Macedo só viria a respirar aliviada com o fenômeno Os Dez Mandamentos. As novelas bíblicas, no entanto, agora estão em xeque diante do fracasso de Reis e de Todas As Garotas em Mim.
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