Novela das nove
Reprodução/TV Globo
A atriz Fabiula Nascimento (Eulália) em cena do capítulo da última quinta de Velho Chico
MÁRCIA PEREIRA
Publicado em 21/3/2016 - 5h09
Dona de uma força extraordinária, a personagem de Fabiula Nascimento em Velho Chico vai mostrar que uma parte dela morre junto com o marido, o capitão Rosa (Rodrigo Lombardi). Ela ficará meses de luto, apática, até reagir e decidir assumir o posto do amado na luta por uma cooperativa de produtores de algodão. Sem medo, a dona de casa enfrentará Afrânio (Rodrigo Santoro) com valentia e o expulsará de sua fazenda quando ele oferecer pagar o preço que ela quiser pelas terras. "Dou a fazenda de graça ao diabo, mas não lhe vendo um só palmo", vai disparar Eulália.
A participação da atriz na novela das nove da Globo acaba junto com a primeira fase da trama, no 24º capítulo. Ela já terminou de gravar suas cenas, parte rodada no sertão do Nordeste e outra parte na cidade cenográfica nos Estúdios Globo (novo nome do Projac), no Rio de Janeiro. Como vai ficar fora do folhetim, Fabiula diz que assistirá a trama para se emocionar como sempre aconteceu quando via as novelas de Benedito Ruy Barbosa. "É folhetim clássico, romanceado. Estou louca para me emocionar com um beijo de amor."
Para ela, o núcleo familiar da personagem não tem laços de sangue, mas é crível. Eulália criará a menina que seu marido encontrou na plantação como sua afilhada. Piedade (Cyria Coentro) e Belmiro (Chico Diaz) passam a ser a família dela com a morte do capitão Rosa, prevista para ir ao ar nesta terça-feira. "Esse será um momento de forte carga dramática", adianta a atriz.
"Existe uma ação e reação dentro das coisas que acontecem. Eulália é uma mulher guerreira, próxima aos seus. É uma mulher brasileira, forte, otimista e revolucionária. Junto com Rosa, ela quer o melhor para o povo. Eles batem de frente com a família do coronel por causa disso, pois acreditam que todos têm direitos iguais", diz.
Fabiula havia acabado de terminar de gravar a novela I Love Paraisópolis quando recebeu um telefonema de Luiz Fernando Carvalho, diretor artístico de Velho Chico, convidando-a para esse papel. A atriz adiou as férias. Em dezembro, passou a se preparar oito horas por dia para encarar as gravações no Nordeste, que aconteceram a partir de janeiro.
Foram quase dois meses fora do Rio de Janeiro, vivendo as aventuras de filmar no sertão. "Foi muito necessário estar lá, pisar naquela terra, ouvir as pessoas. Foi incrível a viagem. Você chega usando sapato e, quando vê o lugar, percebe que não precisa deles. Pode andar descalço, sentindo o pé no chão. Fez toda a diferença para o trabalho", comenta.
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