Ator recusa avião e cruza Pantanal à moda antiga: 'Respeito muito meu medo'

Irandhir Santos optou por enfrentar mais de uma hora de carro pelas estradas do que pegar um atalho pelos ares para chegar às locações de Pantanal. O ator assume que os sete minutos levados pelo avião monomotor para cortar o céu do Mato Grosso do Sul eram suficientes para deixá-lo tenso pelo resto do dia nas gravações da novela das nove.

Em entrevista ao Notícias da TV, o intérprete relembra a aventura para gravar o folhetim de Bruno Luperi na planície pantaneira:

Tenho pavor e, mais do que isso, respeito muito o meu medo de andar naquele aviãozinho. O elenco ficou espalhado em cinco ou seis fazendas da região, que não eram assim tão próximas entre si. Eu preferia muito mais colocar o pé na estrada, abrir e fechar as porteiras, do que alguns minutos no jatinho. 

O ator afirma que os perrengues, no entanto, eram muito pequenos diante da possibilidade de entregar Joventino nas mãos de Osmar Prado. O peão sumirá no meio do mato no final da primeira fase para se transformar em uma lenda --o Velho do Rio.

E AGORA?

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"Fiquei muito feliz em saber que o Osmar ficou com o personagem. Como ator, tenho toda a admiração por essa pessoa, por esse cidadão, por esse artista. A gente teve uma longa conversa para entender até que ponto eu cavalgaria para entregar as rédeas para ele. Sou o homem um passo antes da entidade", define.

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

Joventino na novela das nove

Irandhir explica que, ao contrário de Claudio Marzo na primeira versão, não vai precisar dar conta de três papéis com a estreia do remake no próximo dia 28. Apesar de não vestir a capa do Velho do Rio, ele ainda se dividirá entre Joventino no prólogo e seu neto José Lucas na segunda fase.

Sempre fui pego no laço pelas histórias do Benedito Ruy Barbosa [autor], mas em Pantanal isso se leva à décima potência. Os meus dois personagens são vítimas de uma atração. O Joventino pela natureza, e o José Lucas pelo destino de se encontrar com o pai José Leôncio [Renato Góes/Marcos Palmeiras]. Eu apenas me deixei levar.

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