Além da Ilusão: Matias vive horror em hospício com tratamento desumano

Matias (Antonio Calloni) será submetido a uma série de tratamentos controversos dentro de um hospício em Além da Ilusão. Com camisa de força, ele será obrigado a levar choques e entrará em convulsão com uma série de injeções de insulina. "Me deixem levar meu amigo embora daqui", exigirá Leônidas (Eriberto Leão) na novela das seis da Globo.

Violeta (Malu Galli) não teve escolha a não ser mais uma vez internar o marido, uma vez que ele colocou a vida de Clarinha em perigo. Durante um delírio, ele acreditou que a irmã de Inácio (Ricky Tavares) era, na verdade, a filha perdida de Heloísa (Paloma Duarte) --e até tentou desová-la em um rio.

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Leônidas, porém, não deixará o personagem de Antonio Calloni desamparado nas cenas que serão exibidas nesta sexta (25). O tecelão não arredará o pé da instituição psiquiátrica, principalmente ao ver o pai de Isadora (Larissa Manoela) ser submetido a terapias desumanas.

"Quando melhorar, vou te levar numa viagem até a Bahia. O que acha de conhecermos a cidade alta de Salvador, hein? Com sorte, esbarramos em algum capitão de areia por lá. O Pedro Bala, o Gato, o Professor", prometerá Leônidas, em referência ao livro de Jorge Amado (1912-2001).

"O Sem Pernas, que é manco como eu", balbuciará Matias, que se encolherá diante da chegada de um médico. "Bom dia, doutor. Estava esperando o senhor para saber quando o meu amigo vai ter alta. Ele está bem mais calmo, já pode ir para casa, não pode?", insistirá o operário.

Leônidas (Eriberto Leão) no folhetim

O que é choque insulínico?

O médico afirmará que Matias só melhorou por conta de um método conhecido por choque insulínico. O tratamento foi inventado pelo neurologista e psiquiatra polonês Manfred Sakel (1900-1957) e induz o paciente a ter convulsões e até entrar em coma com doses cavalares de insulina. 

A técnica era aplicada principalmente em pessoas que apresentavam surtos como os de Matias, mas caiu em desuso por ser extremamente agressiva e perigosa. "Convulsão? Choque insulínico? Era preciso?", indagará Leônidas. "Ele estava bem agitado. Foi eu entrar aqui no quarto, e ele começou a gritar", responderá o profissional de saúde.

"É medo, doutor. Tem horror a esses tratamentos. Olha, eu assino um papel e me responsabilizo. Me deixa levar meu amigo embora daqui", implorará o personagem de Eriberto Leão.

"Não é da família. Não pode assinar nada. A única pessoa que pode liberar o Matias passando por cima da minha decisão é o novo diretor da clínica, mas ele só começa a trabalhar aqui na semana que vem. Chama-se Bartolomeu Lobato [Paulo Carvalho]. Já ouviu falar?", arrematará o psiquiatra.

A segunda fase do folhetim de Alessandra Poggi se passa nos anos 1940 em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Confira também os resumos das novela das seis da Globo que o Notícias da TV publica diariamente

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