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Participantes do Survivor México bebem vitamina com miúdos; reality não ameniza nas provas
Sem perrengues eletrizantes, o No Limite 5 tem deixado a desejar em seu retorno ao ar com ex-BBBs. Com hotel cinco estrelas no lugar do aguardado olho de cabra, o programa faz o telespectador ficar na expectativa por provas que exijam mais dos famosos. A versão brasileira é morna, mas a edição mexicana de No Limite --lá chamada de Survivor México-- pode ensinar a Globo a fazer um reality raiz. Até agora, a atração hermana teve vitamina de miúdos e entrega total dos participantes, até mesmo depois de incidentes que resultaram em sangue.
A segunda edição do Survivor México, exibida pelo canal Azteca Uno, teve início em 7 de abril com 26 jogadores celebridades e situações de verdadeira resistência física e psicológica. A atração é recheada de desafios extras que fazem os concorrentes superarem seus limites e brigarem pela sobrevivência --até mesmo entre os colegas de tribo.
Apresentado por Carlos Guerrero, o reality é sucesso de audiência e tem um prêmio parecido com o da Globo. O vencedor levará para casa 2 milhões de pesos mexicanos, algo em torno de R$ 498 mil reais na cotação atual. No Brasil, o ex-BBB campeão levará R$ 500 mil.
As semelhanças terminam aí. No México, a produção é exibida de quarta a sexta-feira. Aos domingos, acontece a eliminação. Por causa do formato, as provas são diárias e há mais dinâmicas que deliciam os amantes do programa. Benefícios como comida básica (nada de leite condensado) e kits de sobrevivência são dados apenas mediante muito suor e garra.
Divididos igualmente em duas tribos, os jogadores precisam definir um capitão, que além de deveres encara consequências por ter sido colocado nesse posto. Há também o chamado Exílio, em que um integrante é retirado do acampamento para uma noite de horror. Por lá, há o benefício da imunidade individual. Mas, para consegui-la, é preciso encarar uma disputa pra lá de difícil.
Veja cinco momentos do Survivor México que transformam o No Limite 5 em uma colônia de férias:
Uma das provas mais pedidas pelos brasileiros que conferem o No Limite 5 já aconteceu no reality do México: o banquete de partes de animais, como o famoso olho de cabra. Por lá, no entanto, as capitãs de cada time tiveram que engolir uma vitamina de miúdos de animais diversos.
A mistura foi feita com fígado, língua, olhos e cérebro. Para complementar a receita, havia atum, polvo, pimenta, gengibre, ovos, vinagre e suco de tomate.
As jogadoras Cyntia González e Adianez Hernández tomaram não apenas um copo, mas dois. Sim, foi preciso virar a mistura duas vezes para assegurar a vitória --sem desperdiçar nenhum gole.
No México, a tribo que perde uma das provas de imunidade está sujeita a uma consequência: os perdedores precisam escolher dois colegas para serem enviados para fora do acampamento durante uma noite. É o chamado Exílio.
Se as condições já são precárias com a turma, no outro destino é ainda pior. Em uma das ocasiões, os participantes Kristal Silva e Eduardo Barquín foram enviados pelos próprios parceiros para enfrentarem um horror: passar uma noite em uma jaula de bambu repleta de lodo.
Após uma noite na lama e com frio, Kristal chorou. Eduardo, por sua vez, sofreu com cãibras e mal dormiu. Passou as horas esperando o amanhecer.
As provas de Survivor México costumam envolver até enfrentamento físico. Em uma das sequências mais chocantes da edição, a participante Kristal Silva foi empurrada sem querer pelos próprios colegas, que deveriam defendê-la durante uma ação.
A cena que mais lembrou uma luta greco-romana deu ruim. A jovem bateu o rosto na quina de uma mesa e foi ao chão na mesma hora. O susto foi geral. Com sangue na boca, ela inicialmente entrou em choque. Depois, em desespero por ter ferido o lábio.
Após a jogadora sair de ambulância do local, o apresentador comunicou aos jogadores que tudo havia sido "lamentavelmente um movimento acidental" e continuou a dinâmica normalmente. Para surpresa dos telespectadores, Kristal voltou para o acampamento.
Após uma cirurgia e dez pontos no lábio inferior, ela decidiu seguir na disputa e disse aos colegas que imaginava um "cenário pior em sua mente". Liberada pelos médicos, apareceu com um esparadrapo no rosto e avisou os colegas que estava no Survivor para demonstrar que sua "fortaleza não está apenas no corpo, mas também na mente".
No Survivor México, a regalia dos participantes não é um hotel à beira-mar. Lá, há a prova pela imunidade individual, em que apenas um integrante de cada tribo conquista o benefício. Por isso, o desafio costuma ser extremo.
Em uma das dinâmicas recentes, os jogadores precisaram se agarrar em uma grade de metal que afundava cada vez mais em uma piscina. Além de força, foi preciso fôlego quando todos submergiam.
Do lado de fora, o apresentador ainda soltou a pérola: "O hipopótamo é um animal que pode permanecer debaixo da água durante até cinco minutos. Inspirem-se nesse fantástico animal para que possam sobreviver".
A guerreira Arranza Carreiro foi a campeã após 29 minutos de sofrimento, muitos deles debaixo da água.
Logo no início do reality, os participantes do Survivor México precisaram superar seus limites em uma prova de resistência. Eles tiveram de se agarrar a uma estrutura de madeira montada no mar. Era preciso força nos braços e pernas para suportar o próprio peso no maior tempo possível.
O apresentador revelou que esperava que o desafio durasse 15 minutos, tempo em que os músculos começam a fadigar. No entanto, após 40 minutos, ainda haviam dois homens na disputa.
O jogador Daniel Cortés foi o grande vencedor. O que ele ganhou? Fogo. Após ficar pendurado durante tanto tempo, conseguiu para a sua equipe o material necessário para fazer uma fogueira no acampamento.
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