ERROS
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Andre Marques em No Limite 5; desempenho do apresentador é motivo de críticas dos fãs do reality
Após atender a inúmeros pedidos dos fãs mais saudosistas, a Globo decidiu ressuscitar o No Limite após 12 anos, e prometeu uma edição eletrizante. A expectativa do público era ver ex-BBBs passando perrengue, mas a realidade é churrasco na praia com show de cantor de forró, gincanas escolares e um apresentador sem energia.
Embora o No Limite 5 mantenha a Globo na liderança da audiência, os resultados entregues nas primeiras semanas é quase a metade do que o BBB21 apresentou. Na última terça-feira (15), quando Gleici Damasceno foi eliminada, a emissora deixou de ser sintonizada por 505 mil lares em comparação à semana anterior, quando exibiu a partida entre Paraguai e Brasil.
No Limite 5 é o grande flop da Globo em 2021. Abaixo apresentamos cinco motivos que explicam o fracasso do reality show:
A escalação de Andre Marques para o programa foi um balde de água fria no público, que esperava a contratação de Marcos Mion. Com tanta torcida contra, esperava-se que o funcionário da Globo pudesse surpreender os mais negativistas com uma carta na manga e se revelasse o nome certo para o formato, contrariando as expectativas.
Mas Andre não se entregou e tampouco buscou imprimir sua identidade no programa, como fez Zeca Camargo nas quatro temporadas anteriores. O ex-apresentador do The Voice Kids dificilmente sai do roteiro, tem uma impostação engessada, muitas vezes surge com um semblante apático e não interage naturalmente com os participantes.
Tribo Calango em show de Wesley Safadão
O público esperava ver os ex-BBBs enfrentando perrengues, sendo submetidos a um banquete de olho de cabra com ovo galado e tendo que se virar sozinhos para driblarem o frio ou as altas temperaturas, mas tem visto os ex-brothers ganharem um tratamento VIP de J.B. Oliveira, o Boninho.
Em vez de comidas exóticas, eles já foram agraciados com uma churrascada e show de Wesley Safadão, cachorro quente, café da manhã de hotel, cooler de cerveja, entre outros mimos fornecidos pelos patrocinadores do programa. O perrengue, por enquanto, está só na promessa. Nesse quesito, o Se Sobreviver, Case!, do Multishow, tem sido muito mais eficaz.
Bill desistiu do reality por sentir fome
São poucos os participantes de No Limite 5 que realmente estão interessados no prêmio de R$ 500 mil. A maior parte está ali para projetar suas imagens e atrair mais seguidores a seus perfis no Instagram, plataforma em que conseguem, com poucas publicações patrocinadas, faturar muito mais do que o cachê oferecido pela Globo.
Eles entraram mais preocupados em ficarem bonitos para as fotos de suas redes sociais do que para se entregar ao jogo. Prova disso é a quantidade de participantes que se submeteram a harmonizações faciais e implante de lentes nos dentes antes do início do programa, e o número de desistências por "desgaste" antes mesmo de chegar à metade da temporada.
Kaysar e Paula abrem cadeados de cestos
A primeira prova da temporada, que obrigou os participantes a escavarem uma área da praia com as próprias mãos durante horas debaixo de um sol forte e depois carregar caixas pesadas, retiradas do mar, indicava que a Globo estava disposta a extrair a força e a resistência dos ex-BBBs. Mas a adrenalina ficou só no primeiro episódio, porque todas as outras tarefas mais pareceram brincadeiras de gincanas escolares.
Elas possuem regras muito mais complexas do que o real grau de dificuldade que oferecem, e estão longe de fazer os participantes a chegarem de fato a seus limites pessoais.
Com o sucesso do Big Brother Brasil e de todos os outros programas de confinamento das outras emissoras, em que a audiência é soberana e tem participação ativa, trazer o No Limite inteiramente gravado com antecedência e ignorar a voz dos telespectadores mostra um descompasso da Globo com o comportamento do público consumidor de reality shows.
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