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OLHA O DINHEIRO

Publicidade é a salvação da Netflix? Empresa mira mercado de US$ 140 bilhões

REPRODUÇÃO/NETFLIX

Imagem de beijo entre os atores Nicholas Galitzine e Sofia Carson no filme Continência ao Amor

Luke (Nicholas Galitzine) beija Cassie (Sofia Carson) em Continência ao Amor, sucesso da Netflix

Um dos objetivos da Netflix é parar de queimar dinheiro em 2024. Antes da chegada desse cenário ideal, a gigante do streaming vai se aventurar no mercado da publicidade. Segundo a companhia, as marcas investem cerca de US$ 140 bilhões (R$ 737,9 bilhões) em anúncios na TV e no streaming nos 12 países em que estarão disponíveis os pacotes com propagandas. Porém, a empresa é realista e admite que os lucros dessa empreitada não virão do dia para a noite.

"Esse resultado será perceptível no próximo balanço, mas a Netflix comentou que não espera nada muito substancial porque é um projeto ainda muito inicial. A empresa não espera uma contribuição material dessa nova vertente, de novos assinantes com o plano mais barato. Pode ocorrer uma migração, mas ainda é algo bem inicial", detalha William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue Securities, em entrevista ao Notícias da TV.

Em novembro, a plataforma começará a ofertar pacotes com anúncios nos EUA, Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Coréia, México, Espanha e Reino Unido. No território norte-americano, discovery+, HBO Max, Hulu (streaming da Disney equivalente ao Star+ no Brasil), Paramount+ e Peacock já contam com suas pausas para o intervalo comercial.

No Brasil, esse plano da Netflix será comercializado por R$ 18,90 e, inicialmente, terá um catálogo limitado de conteúdos. Outra iniciativa para aumentar os lucros é combater o compartilhamento de senhas.

No balanço do terceiro trimestre de 2022, divulgado na terça (18), a Netflix surpreendeu o mercado positivamente ao registrar um crescimento na base de assinantes. Agora, a companhia tem 223 milhões de usuários ao redor do mundo e conseguiu uma receita de US$ 7,93 bilhões (R$ 41,1 bilhões), enquanto a expectativa era que o resultado fosse de US$ 7,84 bilhões (R$ 40,6 bilhões).

A Netflix não deixa de ser uma empresa de crescimento e, basicamente, está mais preocupada em manter o espaço dela face ao novo cenário de concorrência, que é bastante forte. Tanto é que falou-se muito pouco neste trimestre sobre a questão da empresa entrar na parte de games e vendas de produtos.

Nos trimestres anteriores, o mercado de games era apontado como um dos caminhos para turbinar as receitas da Netflix. Neste balanço, a empresa jogou esses holofotes nos últimos êxitos do catálogo, como os filmes Continência ao Amor e Agente Oculto, e as séries Dahmer: Um Canibal Americano e Uma Advogada Extraordinária.

Contudo, o especialista recorda que o modelo da Netflix de torrar dinheiro para crescer, mas sem necessariamente ter um retorno concreto, já provocou a ruína de outras companhias de tecnologia.

"Eles citam essas produções, mas, de novo, é criar uma série nova atrás da outra. Por isso, acho que poderia ser um divisor de águas para a Netflix conseguir desenvolver esses outros modelos em que você consegue faturar através da venda de produtos, das publicidades, eventualmente, dos games", analisa.


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