Netflix vai combater compartilhamento de senhas no Brasil, veja detalhes

Nesta terça-feira (18) a Netflix divulgou seus resultados do terceiro trimestre e surpreendeu positivamente o mercado com as ações da empresa subindo mais de 14% após o anúncio.

A plataforma adicionou 2,4 milhões de novos assinantes no trimestre de setembro, após ter previsto um ganho líquido de 1 milhão de clientes. "Após um primeiro semestre desafiador, acreditamos que estamos no caminho para reacelerar o crescimento", disse a Netflix em comunicado aos acionistas.

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A Netflix vinha de seguidos trimestres de queda do número de assinantes.

A plataforma ganhou clientes em todos os mercados do mundo. O crescimento mais forte foi novamente na Ásia, onde adicionou 1,43 milhão de novos assinantes durante o trimestre. 

Compartilhamento de senhas

A Netflix revelou que começará a reprimir o compartilhamento de senhas no início do próximo ano globalmente. A iniciativa estava limitada a alguns mercados da América Latina, como Chile, Peru e Costa Rica e foi avaliada como bem-sucedida pela empresa.

A Netflix também realizou testes na Argentina, El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana. 

"Por fim, adotamos uma abordagem cuidadosa para monetizar o compartilhamento de contas e começaremos a implementá-la de forma mais ampla a partir do início de 2023", afirma a empresa na carta aos acionistas.

Segundo a empresa, a partir do próximo ano, quem compartilhar sua senha da Netflix com pessoas que não vivam no mesmo endereço vão ter de criar subcontas e pagar para que amigos ou familiares usem as contas originais. A empresa ainda não anunciou quais serão os preços das subcontas em cada país. 

Recentemente, a Netflix introduziu uma ferramenta de transferência de perfil que permite aos usuários acessar facilmente suas recomendações personalizadas, histórico de visualização, lista, jogos salvos e outras configurações para uma nova conta após testá-la em outros países.

No mês passado, uma reportagem do Rest of World revelou a frustração dos usuários submetidos aos testes na América Latina.

Publicidade na Netflix

A gigante do streaming anunciou na semana passada que está lançando seu plano suportado por anúncios, chamado Basic, a partir de 3 de novembro, nos EUA, Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Coréia, México, Espanha e o Reino Unido. No Brasil, o plano custará R$ 18,90.

A ideia é que uma parcela dos usuários que hoje compartilham senhas, no futuro migrem para o plano com publicidade ou se tornem pagantes, aumentando a receita da empresa.