GUERRA DO STREAMING
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Paulo Marinho, presidente da Globo: streaming da emissora cresce e vai na contramão da Netflix
Se a Netflix vive uma crise sem precedentes com perda de assinantes e queda em suas ações, o Globoplay segue o caminho contrário. O streaming da Globo conseguiu crescer sua base de usuários no primeiro trimestre deste ano e aumentou sua arrecadação financeira em quase 50%. O conglomerado de mídia comemora os números e já vê sua aposta para o futuro dar lucro.
Os resultados do Globoplay foram apresentados para funcionários na noite da última quarta-feira (1º) por e-mail e serão detalhados em uma live interna que será realizada na segunda (6). A transmissão contará com Ricardo Waddington, diretor dos Estúdios Globo, e Manuel Belmar, líder da área de Finanças, Jurídico e Infraestrutura. O Notícias da TV teve acesso ao relatório em primeira mão.
O documento diz que o Globoplay aumentou sua receita líquida em 49% entre janeiro e março em relação ao mesmo período de 2021. A disponibilização de novelas latias e conteúdos ao vivo, além do êxito do BBB 22, ajudam a explicar o crescimento acima da média em relação ao que registra o mercado de streaming.
A base de assinantes do Globoplay também cresceu. O número subiu 11% no primeiro trimestre, comparado ao início do ano passado. A subida se deve, principalmente, a uma grande parte do público interessada em acompanhar 24 horas o que acontecia no Big Brother Brasil.
A subida no número de clientes pode ser vista em valores da receita de conteúdo com programação e assinaturas da Globo, que soma arrecadação o dinheiro angariado com o Globoplay, vendas de programas ao exterior e dinheiro de assinaturas na TV paga. Só nessa modalidade, a empresa conseguiu R$ 1,396 bilhão, ante R$ 1,316 bilhão no ano passado. É uma subida de 6%.
Paulo Marinho, presidente da Globo, comentou os dados no relatório: "As adversidades destes últimos anos não nos impediram de avançar nos nossos processos de transformações. Os esforços realizados para atingirmos uma boa performance no ambiente digital, tanto em publicidade quanto no streaming, já dão resultados".
Se o Globoplay sobe no Brasil, a Netflix vive sua pior fase. Dominante no mercado desde o início da chamada guerra do streaming, a plataforma fechou o primeiro trimestre bem longe da meta de ganhar 2,5 milhões. É a primeira vez que a líder registra queda de clientes desde outubro de 2011.
Para o segundo trimestre de 2022, a Netflix projeta uma perda de 2 milhões de usuários. Para a plataforma comandada por Reed Hastings, a queda também foi influenciada pelo surgimento de novos serviços de streaming, o compartilhamento de senhas e fatores logísticos (como os custos de internet nas casas).
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