Após queda da Netflix, HBO atinge 76 milhões de assinantes no mundo

O combo HBO/HBO Max atingiu 76,8 milhões de assinantes em todo o mundo em março de 2022, 3 milhões a mais do que o resultado conquistado no último trimestre do ano passado. O aumento torna-se ainda mais importante ao se levar em conta a queda registrada pela Netflix no início deste ano, na qual perdeu 200 mil assinantes em três meses após deixar de operar na Rússia.

O resultado é o último da HBO sob o comando da AT&T, que acertou recentemente a venda da WarnerMedia para a Discovery e resultou na fusão das suas empresas, criando a recém-anunciada Warner Bros. Discovery.

Em comparação com o primeiro trimestre de 2021, a HBO ganhou 12 milhões de novos assinantes no período de um ano. Com isso, o serviço premium bateu a meta pré-estabelecida pela antiga empresa mãe, que pretendia ter entre 70 e 73 milhões de clientes até o início de 2020.

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Ainda segundo a AT&T, a WarnerMedia teve receita de US$ 8,7 bilhões (R$ 40,1 bilhões) neste trimestre, um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. O número foi impulsionado por maiores receitas de assinatura e mais conteúdo original, parcialmente compensados por menores vendas de anúncios.

Nos Estados Unidos, as receitas de assinatura no valor de US$ 4 (R$ 18,48) subiram 4,4% e refletiram principalmente no crescimento da HBO Max no país. Ao todo, a plataforma conta com 48,6 milhões de assinantes no território norte-americano --4,4 milhões a mais do que o registrado no mesmo período em 2021.

A queda de assinantes da Netflix é vista com olhos curiosos pela concorrência. Dominante no mercado desde o início da chamada guerra do streaming, a plataforma fechou o trimestre bem longe da meta de ganhar 2,5 milhões entre janeiro e março. É a primeira vez que a líder registra queda nos clientes desde outubro de 2011.

Para o segundo trimestre de 2022, a Netflix projeta uma perda de 2 milhões de usuários. Para a plataforma comandada por Reed Hastings, a queda também foi influenciada pelo surgimento de novos serviços de streaming, o compartilhamento de senhas e fatores logísticos (como os custos de internet nas residências).