SEM NEGÓCIO
DIVULGAÇÃO/CBF
Neymar, craque da Seleção Brasileira: Globo se recusa a vender Copa do Mundo para BandSports
A Band recebeu um não da Globo na tentativa de adquirir os direitos de transmissão da Copa do Mundo do Catar. A ideia era comprar os 64 jogos da competição para o BandSports, seu canal esportivo, mas a líder de audiência não quer perder a exclusividade e nem fortalecer uma empresa que se mostrou uma concorrente mais feroz do que imaginava. Só no ano passado, a emissora do Morumbi ficou com a Fórmula 1 e superou a concorrente nas negociações do Mundial de Clubes da Fifa.
A Globo só mudará de ideia se algo raro acontecer: as vendas de publicidade da Copa fracassarem. Além disso, a emissora só negociaria o licenciamento por, no mínimo, US$ 8 milhões (R$ 39,5 milhões). De acordo com fonte do Notícias da TV na diretoria da Band, a conversa ocorreu no início de março.
A investida da empresa de mídia paulista é uma tentativa de ter um produto forte para o fim do ano no canal pago, além de oferecer uma alternativa para quem não gosta de assistir a futebol na líder de audiência. No ano passado, o BandSports conseguiu arrecadar boas cotas com a exibição dos Jogos Olímpicos de Tóquio --era o único canal fora do guarda-chuva do Grupo Globo.
No caso da Copa do Mundo do Catar, a negociação é bem mais difícil. A Globo não abre mão da exclusividade na TV do Mundial. A posição se torna ainda mais firme após a pendência com a Fifa (Federação Internacional de Futebol) tiveram durante a pandemia de Covid-19 --a emissora entrou na Justiça para não pagar uma parcela do contrato de direitos em 2020. O caso se resolveu com um acordo extrajudicial.
A líder de audiência já vendeu três cotas da competição e espera fechar outras até o sorteio dos grupos, previsto para acontecer em 1º de abril. Caso fracasse no mercado publicitário, vender para a Band na TV paga seria uma forma de arrecadar um valor interessante para pagar os direitos.
A Band já avisou que não jogará a toalha fácil. Caso a Globo queira vender por um valor razoável, assim como fez com os Jogos Olímpicos, a emissora paulista está disposta a comprar.
A Globo já vendeu espaços para Ambev, Itaú e Claro --o que já assegura um faturamento de R$ 600 milhões seis meses antes de a bola rolar. A emissora já abriu mão da exclusividade nas mídias digitais da Copa do Mundo. A Fifa, com a ajuda da empresa Livemode, tenta vender os direitos para alguma rede social ou plataforma de streaming.
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