Tragédia em Pantanal mexe com instinto paterno de ator: 'Deu curto-circuito'

Enrique Diaz vai reviver uma das tragédias de Pantanal, que estreia no próximo dia 28, a partir de uma nova ótica. Em 1990, o ator deu vida a Chico, brutalmente assassinato em uma disputa por terra no interior do país. Dessa vez, o ator assumirá o papel de pai dentro da trama --e confessa que a dor incomensurável de Gil o levou a um "curto-circuito emocional" nos bastidores da novela das nove da Globo.

O agricultor é um homem simples, mas de muita retidão, que vai sofrer uma série de injustiças no folhetim de Bruno Luperi. Após chorar a morte de dois herdeiros, ele não aguentará ao ver Chico, agora vivido por Túlio Starling, igualmente ser arrancado precocemente de seus braços. 

"As cenas de perda não foram nem um pouco fáceis para mim, não é um lugar que eu, como ator, transite com facilidade. Aquela imagem de perder o terceiro filho foi muito marcante. Não tinha como aquele texto não tocar na relação com as minhas filhas, por quem eu sou profundamente apaixonado", explica o intérprete ao Notícias da TV.

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O artista revela que saía tão mexido das sequências que foi tomado por uma emoção muito forte ao receber um vídeo enviado pela filha Antonia, de 13 anos. Ele ainda é pai de Elena, de 18, que também é fruto da relação com a atriz Mariana Lima.

A gente traz muita coisa da gente [para o papel]. Na época das gravações, a minha mais nova estava envolvida com os testes para o musical. Ela fez uma pequena gravação, uma coisa tão maravilhosa, que me deixou tão emocionado de vê-la, ali, frutificando. Foi um curto-circuito.

Diaz afirma que é uma "coincidência bem louca" voltar à história de Benedito Ruy Barbosa dentro da mesma família:

Eu fiz uma participação curtinha na primeira versão, mas foi uma novela que marcou a TV brasileira. Agora, 30 anos depois, volto para fazer o pai daquele personagem. A gente se vê e também vê o país no tempo. É terrível perceber que os problemas ainda são os mesmos. O Gil é um homem comum que, mais do que sobreviver à natureza, também padece pela violência. É um cara massacrado pelo próprio sistema.

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