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CHANCE NO STREAMING

O que Adam Sandler tem a ver com a contratação de Hassum pela Netflix?

DIVULGAÇÃO/NETFLIX/WARNER BROS.

Adam Sandler no filme Mistério do Mediterrâneo, da Netflix; e Leandro Hassum em Chorar de Rir

Adam Sandler, em filme de sucesso na Netflix; e Leandro Hassum, em longa que não foi bem no cinema

VINÍCIUS ANDRADE

Publicado em 1/11/2019 - 4h46

Anunciado como novo contratado da Netflix, Leandro Hassum segue os mesmos passos de uma figura bastante consumida pelos brasileiros: Adam Sandler. Conhecido por seus filmes de comédia, o norte-americano estava com dificuldades para emplacar sucessos de bilheteria nos Estados Unidos até que encontrou no streaming uma forma de produzir conteúdo popular e bater recordes a cada novo lançamento. O ex-Globo também não vive boa fase nas telonas.

Em 2014, ano em que anunciou seu acordo com a Netflix, Sandler entrou em cartaz com dois filmes nos cinemas: Juntos e Misturados, que teve um desempenho melhor nas salas da América Latina do que nos EUA, e Trocando os Pés, pior bilheteria de Sandler na América do Norte.

No ano seguinte, ele ainda lançaria Pixels, seu último longa exibido nas telonas. No país de origem do ator, a comédia faturou US$ 78 milhões (R$ 313,4 milhões), valor aquém do orçamento de US$ 88 milhões (R$ 353,56 milhões). O que fechou a conta foi a arrecadação pelo mundo, de US$ 240 milhões (R$ 964,25 milhões). Ainda assim, entrou na lista de flops de 2015 da revista The Hollywood Reporter.

Após os fracassos nos cinemas, Sandler começou a emendar um sucesso atrás do outro na Netflix. Seu primeiro filme na gigante do streaming foi The Ridiculous 6, em dezembro de 2015. Apesar de ter sido detonado pela crítica, na ocasião o longa foi anunciado como o que teve mais reproduções nos primeiros 30 dias no ar.

Depois disso, o ator renovou seu contrato com a gigante norte-americana e já entregou outros cinco longas --ele fará pelo menos mais duas produções.

O mais recente é Mistério no Mediterrâneo, que ficou disponível em 14 de junho, e foi visto por mais de 30 milhões de contas em todo o mundo nos primeiros três dias em que foi disponibilizado. O resultado fez da parceria entre Adam Sandler e Jennifer Aniston a maior estreia entre os filmes produzidos pela Netflix, superando o lançamento de Bird Box, com Sandra Bullock, em 2018.

Leandro Hassum na Netflix

Apesar de não ter fama mundial como o americano, Leandro Hassum pode ser um grande reforço para tornar a Netflix ainda mais popular no Brasil. O humorista, que deixou a Globo em maio deste ano, tem bastante mercado por aqui. Ele apresenta o talk-show Tá Pago, na TNT, e estrelará um seriado de humor no Multishow.

Hassum já atraiu mais de 10 milhões de pessoas aos cinemas somente com os três filmes da franquia Até Que a Sorte nos Separe (2012-2015). Vestido Para Casar (2014), Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel (2014) e O Candidato Honesto (2014) também passaram a casa de 1 milhão de espectadores.

Os longas protagonizados por Hassum nos último anos, porém, não conseguiram repetir o sucesso de bilheteria. O mais visto foi O Candidato Honesto 2, que levou apenas cerca de 570 mil pessoas aos cinemas entre agosto e outubro de 2018. Não Se Aceitam Devoluções (2018), Chorar de Rir (2019) e O Amor Dá Trabalho (2019), somados, não conseguiram vender mais de 500 mil ingressos.

Assim como Sandler, Hassum foi contratado pela Netflix num momento em que seus filmes não estão funcionando mais tão bem nas telonas. Mas a empresa entende que o estilo de conteúdo produzido pelo humorista brasileiro pode funcionar no streaming. Inicialmente, o ex-Globo fará dois longas, que serão disponibilizados em mais de 190 países e em 30 línguas diferentes.

O primeiro começará a ser rodado agora em novembro para ser lançado em 2020. A comédia contará a história de Jorge (Leandro Hassum), um pai de família que odeia o Natal. Forçado a bancar o Papai Noel, ele cai do telhado e acorda exatamente um ano depois, em 24 de dezembro, e terá que lidar com as consequências do que o seu "outro eu" fez durante os 364 dias passados.

Adrien Muselet, diretor de aquisição de conteúdo da plataforma, justificou a contratação do comediante com os sucessos de bilheteria que os filmes Até que a Sorte Nos Separe e O Candidato Honesto tiveram no cinema. Após séries nacionais como Irmandade, O Escolhido, Coisa Mais Linda e 3%, que prepara sua quarta (e última) temporada, a Netflix segue ampliando seus investimentos no Brasil.

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