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O Brasil está Freud: Cinco 'sessões' com o pai da psicanálise para esquecer o país

DIVULGAÇÀO/SONY PICTURES

O ator Viggo Mortesen como Freud segura uma pasta com documentos com o braço direito e tem um charuto nos lábios, ele está em um escritório com candelabros ao fundo em cena de Um Método Perigoso

Viggo Mortensen interpreta Sigmund Freud em Um Método Perigoso; austríaco é o "pai" da psicanálise

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 6/5/2021 - 6h50

Nem Sigmund Freud (1856-1939) explicaria o Brasil. O pai da psicanálise completaria 165 anos nesta quinta (6) e teria em cada um dos brasileiros um paciente digno de figurar em seus extensos escritos, como milhares de Anna O. A vida e a obra do psiquiatra, no entanto, são capazes de "alienar" as pessoas durante instantes --numa sessão de cinema ou maratona de série.

O austríaco revolucionou os estudos sobre a mente humana e propôs uma cura por intermédio da palavra, sem imaginar que expressões como "saúde mental" se tornariam tão centrais na pandemia de Covid-19. E muito menos que, em nome do bem-estar psíquico, as pessoas fossem se aglomerar em festas clandestinas, cassinos ilegais e até para assistir a um jogo do Vasco.

Um dos nomes mais importantes do século 20, Freud entrou para história e para as anedotas populares pela capacidade de destrinchar cada movimento da mente humana e dar a eles alguma razão. Mas, com o Brasil já tendo registrado mais de 400 mil mortos por coronavírus, boa parte deles após a invenção de uma vacina, ficaria difícil até para o austríaco encontrar um pingo de lógica do Oiapoque (AM) ao Chuí (RS).

Ainda bem que o parceiro de Carl Jung (1875-1961) não chama a atenção apenas pelas obras completas, compostas por escritos, seminários e outros textos que, juntos, foram publicados por aí em 34 volumes que somam mais de 7.500 páginas --um pedágio obrigatório nas faculdades de Psicologia.

O psicanalista também despertou a curiosidade de séries e filmes, que destrincham a sua trajetória e tentam entender o homem por trás da revolução científica. Outras, no entanto, preferem imaginar o que o estudioso faria nas suas horas vagas, para muito além dos cachimbos e dos charutos.

Confira cinco obras para fazer "terapia" juntamente com Freud:

reprodução/youtube

Freud em detalhe de documentário brasileiro

Freud, a 'rainha'

Os primeiros segundos do documentário Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos (1991) já fazem uma provocação ao afirmarem que "o historiador é o rei e Freud, a rainha" ao destrinchar o "breve" século 20. O documentário de Marcelo Masagão, disponível gratuitamente no YouTube, acompanha o "turbilhão" que se sucedeu entre as Grandes Guerras e a queda do Muro de Berlim.

O longa-metragem mostra como o psicanalista foi fundamental para transformar a experiência humana naquela que Eric Hobsbawm (1912-2012) chama de "Era dos Extremos". O britânico explica que o século 20, historicamente, não deve ser compreendido na passagem exata de 100 anos, mas nos acontecimentos que vão de 1914 a 1991.

REPRODUÇÃO/IMDb

Montgomery Clift e Susannah York 

Além da alma

Freud, Além da Alma (1962) foi realizado pouco mais de duas décadas depois de sua morte, em um sinal claro de que o austríaco realmente havia transformado o curso da história. O diretor John Huston (1906-1987) descreve a trama com a "descida de Freud à região mais sombria do que o inferno" --o inconsciente humano.

Além de mostrar o surgimento da teoria psicanalítica, o filme ainda investiga a vida íntima do profissional de saúde, especialmente as relações com alguns de seus pacientes. A obra não está disponível para streaming, mas o DVD pode ser comprado em sites especializados.

DIVULGAÇÃO/SONY PICTURES

Viggo Mortensen e Michael Fassbender

Adoro perigo

O breve caso de Freud com uma de suas pacientes também é contada por David Cronenberg em Um Método Perigoso (1991), no catálogo do Prime Video. A narrativa acompanha o psiquiatra, interpretado por Viggo Mortensen, e sua parceria com Carl Jung (Michael Fassbender). Eles, no entanto, entram em conflito por conta de Sabina (Keira Knightley), diagnosticada com histeria.

DIIVULGAÇÃO/A2

Simon Morzé e Bruno Ganz em A Tabacaria

Conselheiro amoroso

Em A Tabacaria (2019), em cartaz no Telecine, Freud (Bruno Ganz) deixa um pouco a teoria psicanalítica de lado para dar conselhos ao jovem Franz (Simon Morzé) sobre as mulheres. As confissões entre o médico e o rapaz são o pano de fundo para mostrar os horrores do Entreguerras (1918-1939) --como a tensão que levou a ascensão do nazismo na Alemanha.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Robert Finster no papel-título de Freud, da Netflix

CSI: Viena

A série Freud, da Netflix, é para quem quer se alienar não só do Brasil, mas também de toda e qualquer realidade. O psicanalista, vivido por Robert Finster, se junta a uma vidente para desvendar uma série de crimes em Viena, capital da Áustria. Longe de ser uma aula de História, a produção é um bom divertimento para derreter o cérebro de vez.


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