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A FILHA PERDIDA

Netflix mira em Oscar com mistério, perturbação e Olivia Colman em novo filme

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Olivia Colman de maiô preto, expressão séria, olha para trás em cena como a protagonista Leda do filme A Filha Perdida, estreia da Netflix

Olivia Colman em cena como a protagonista Leda do filme A Filha Perdida, estreia da Netflix

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 31/12/2021 - 6h30

A rainha Elizabeth, de The Crown, e a professora Leda, de A Filha Perdida, têm três pontos em comum: ambas são interpretadas por Olivia Colman, são protagonistas de produções da Netflix e não se consideram as melhores mães do mundo. Enquanto a primeira o público já conheceu bem nas quatro temporadas da série, a segunda ficará mais familiar a partir desta sexta (31), no filme A Filha Perdida, que estreia na plataforma de streaming. A atração conta a história de uma mulher com suas questões maternais, seu passado misterioso e seu presente perturbador.

A Filha Perdida é uma adaptação do romance homônimo de Elena Ferrante, escritora italiana muito bem-sucedida com sua tetralogia napolitana, série de livros que deu origem à série My Brilliant Friend, da HBO. O filme da Netflix marca também a estreia de Maggie Gyllenhaal como diretora. 

A protagonista da história é Leda, mulher de 40 e tantos anos, professora de Literatura, que vai passar férias numa paradisíaca ilha grega. Até que uma numerosa família italiana chega no local para atrapalhar o sossego dela. 

Rapidamente, Leda se torna quase que uma voyeur da família, observando as relações de casais, sogros, cunhados, pais e filhos. Chama especialmente a atenção dela uma mulher muito bonita, Nina (Dakota Johnson), e a filhinha dela, Elena, uma menina de cerca de quatro ou cinco anos.

Num primeiro momento, a garotinha se perde na praia, e Leda ajuda a encontrá-la. Depois, a menina perde sua boneca, e a protagonista tem alguma participação neste caso também. 

A história vai conduzindo o espectador às percepções de Leda. A relação de Nina e Elena é um grande gatilho para a personagem central se lembrar da própria relação com as filhas, mais de 20 anos atrás, que passou por crises, separações e culpa. Cenas de flashback mostram o passado dela em família. "Eu não sou uma mãe natural", afirma a professora. 

No presente, as interações entre Leda e Nina também são misteriosas e confusas, tanto para elas quanto para o público. É difícil saber o que se passa na cabeça e no coração da protagonista, e tanto atriz quanto diretora não tornam este trabalho mais fácil. Leda também conversa e até flerta com os homens do povoado onde está hospedada, o que colabora para que o espectador fique curioso pensando como será o fim dessa história. 

"Leda faz algo realmente abominável. E ainda assim nos relacionamos com ela, nós a entendemos. Tivemos experiências, sentimentos, desejos e pensamentos como os dela", disse Maggie Gyllenhaal em entrevista à revista Queue, da Netflix.

Com condução que deixa o público sempre desconfortável, A Filha Perdida coloca a Netflix na busca pelo Oscar. Segundo a revista Variety, Dakota Johnson pode abocanhar uma indicação por sua atuação, assim como Olivia Colman, que já tem um troféu de melhor atriz por A Favorita (2018). Maggie também é cotada a receber reconhecimento na temporada de premiações por sua estreia na direção. 

A Filha Perdida estreou em salas de cinema no último dia 17 e está disponível para assinantes da Netflix a partir desta sexta. 


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