CRÍTICA SEM SPOILERS
Divulgação/Marvel Studios
Zendaya e Tom Holland em cena de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa; filme estreia nesta quinta (16)
Lançamento da Marvel mais aguardado desde Vingadores: Ultimato (2019), Homem-Aranha: Sem Volta para Casa estreia nesta quinta-feira (16) e mostra o auge de uma jornada épica do personagem que já tem uma história de 20 anos nos cinemas. Filme mais ambicioso do herói, o longa amplia o conceito de multiverso introduzido nas séries do Disney+.
Pertencente à linha temporal "titular" do Universo Marvel, a terceira produção do Homem-Aranha estrelada por Tom Holland funciona de diversas formas. O longa é sequência direta da história apresentada em Longe de Casa (2019) e alinha os pontos para que a trama seja a conclusão da trilogia iniciada em De Volta para Casa (2017).
E o mais importante: é um tributo a todas as histórias do herói contadas nos filmes anteriores ao MCU (Universo Cinematográfico Marvel).
Por todas as expectativas criadas dentro e fora das redes sociais, o longa não teria vida fácil. Depois dos segredos revelados nos trailers e comerciais, criou-se uma falsa responsabilidade do estúdio em entregar algo que os fãs, cada um à sua maneira, idealizou dentro de suas próprias cabeças. A missão era ingrata e qualquer indício de insatisfação colocaria um rótulo negativo em cima do título.
Para a felicidade de todos, Sem Volta para Casa funciona de forma quase exemplar. Como boa parte dos filmes da Marvel, qualquer mistério que necessite de um pouco mais de raciocínio do público é explicado de forma mastigada, como um presente para que a audiência possa desfrutar do que está vendo em tela sem qualquer dificuldade.
DIVULGAÇÃO/MARVEL STUDIOS
Tom Holland e Benedict Cumberbatch
Desta forma, ver o Peter Parker de Tom Holland em interações com Doutor Octopus (Alfred Molina), Duende Verde (Willem Defoe) e Electro (Jamie Foxx), todos vilões que enfrentaram outras "encarnações" do Homem-Aranha, não é gratuito. Tudo faz sentido e é bem amarrado, mesmo que certas explicações sejam convenientes até demais.
Nada que o longa dirigido por Jon Watts, responsável pelos outros dois filmes do Homem-Aranha no MCU, não seja capaz de superar. Sem Volta para Casa é um produto feito literalmente de fã para fã. Interações entre personagens que nunca se cruzaram são vistas pelas primeiras vez, assim como sequências emocionantes que fortalecem a trajetória de Holland de forma nunca apresentada antes.
Um dos elementos mais notórios do longa é o fato de, com tantos eventos épicos introduzidos sequencialmente, conseguir manter a humanidade característica dos personagens e de seu protagonista. Mais uma vez, Peter é forçado a aprender que "com grandes poderes vêm grandes responsabilidades".
Mesmo com tantas ligações com produções anteriores, Sem Volta para Casa brilha sozinho. Enquanto Holland, Zendaya (MJ), Jacob Bertand (Ned) e até Marisa Tomei (May) entregam suas melhores performances no MCU, o filme tem a admirável habilidade de rir de si mesmo --e, de certa forma, de seus antecessores. É um longa notável, cuja ambição promete ditar as regras do Universo Marvel nos próximos anos.
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Tom Holland com o uniforme do Homem-Aranha
De forma simplificada, o multiverso é um conceito que sugere a existência conjunta de diferentes realidades dentro de uma mesma esfera. Embora dividam o espaço-tempo, estes dois mundos coexistem, mas não são interligados.
Nos quadrinhos e agora no cinema, o conceito do multiverso é amplamente utilizado para justificar a existência de duas versões diferentes de um super-herói ou vilão. Desta forma, as possibilidades de introduzir um Batman ou Homem-Aranha a cada nova geração se tornam infinitas.
Dentro do Universo Marvel, as séries do Disney+ já davam pistas do que o público poderia aguardar do multiverso. De WandaVision a Loki, diferentes realidades e variantes de personagens foram apresentadas para mostrar que o mundo visto pelos fãs não se limita apenas às aventuras dos Vingadores e outros heróis "titulares" do MCU.
Já em What If...?, primeira série animada do estúdio, este conceito foi elevado ao quadrado. Cada um dos nove episódios da primeira temporada mostrou um universo diferente, sempre com uma versão alternativa dos personagens que vêm conquistando o mundo desde o lançamento de Homem de Ferro (2008).
As barreiras do multiverso são invisíveis ao olho humano, mas podem ser quebradas em casos de intervenções divinas (como em Loki e What If....?) ou de feitiços extremamente poderosos, como mostrado em Homem-Aranha.
Assista ao trailer dublado de Homem-Aranha: De Volta para Casa:
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