TRETA EM HOLLYWOOD
Reprodução/Warner
Keanu Reeves, astro da saga Matrix, em premiação; quarto filme da franquia será lançado no HBO Max
A decisão da Warner Bros. de lançar todos os seus filmes de 2021 simultaneamente nos cinemas e no streaming segue repercutindo em Hollywood. O diretor Christopher Nolan alfinetou a empresa chamando o HBO Max de "pior streaming". Astros como Will Smith, Keanu Reeves e Denzel Washington reclamam por não receberem o mesmo tratamento que Gal Gadot, a intérprete da Mulher-Maravilha.
O cineasta de Tenet (2020), parceiro do estúdio desde os tempos de Insônia (2002), afirmou que a Warner não entende a gravidade da situação. "Alguns dos maiores nomes da indústria foram dormir achando que trabalhavam para o melhor estúdio e acordaram para descobrir que trabalham para o pior streaming", alfinetou ele.
"A decisão não faz sentido economicamente, e até o investidor mais simples de Wall Street consegue entender a diferença entre disrupção e disfunção", continuou Nolan.
Mas a insatisfação não parou por aí. Representantes de Margot Robbie, Angelina Jolie, Keanu Reeves, Hugh Jackman, Smith e Washington querem saber por que seus clientes não receberam a mesma oferta feita a Gal Gadot pelo lançamento simultâneo de Mulher-Maravilha 1984.
Segundo informação obtida pelo jornal New York Times, tanto a intérprete de Diana Prince quando a diretora Patty Jenkins irão receber cerca de US$ 10 milhões de dólares a mais cada (aproximadamente R$ 51 milhões). O mesmo acordo não foi estendido aos envolvidos nos 17 longas planejados para 2021.
Por isso, conversas sobre um possível boicote à Warner Bros. já circulam internamente em Hollywood, sobretudo entre os membros do DGA, o Sindicato dos Diretores, e reuniões sobre o assunto já acontecem desde o último fim de semana.
A esperança do corpo executivo da Warner Bros. é que a Disney siga o seu exemplo e também altere o fluxo de lançamentos para favorecer o streaming. Mas a empresa do Mickey Mouse busca um meio-termo mais amigável, movendo apenas alguns títulos para o Disney+, como Cruella (2021), e mantendo os maiores atratores de bilheteria com exclusividade nas telonas --como os longas da Marvel, por exemplo.
"Nosso conteúdo é extremamente valioso, a não ser que esteja em uma prateleira sem ser visto por ninguém", defende o CEO da WarnerMedia, Jason Kilar. "Acreditamos que a decisão serve aos fãs, apoia os exibidores e cineastas, e fortalece o HBO Max."
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