BALANÇO DO ANO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Galvão Bueno em transmissão dos Jogos Olímpicos de Tóquio pela Globo: prejuízo em 2021
A Globo fechou 2021 com um prejuízo de R$ 173 milhões. Em um balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira (31), a GCP (Globo Comunicação e Participações) informou ao mercado que teve receita líquida de R$ 14,4 bilhões no período, um aumento de 15% em relação a 2020. Apesar de ganhar mais dinheiro, a companhia viu seus custos crescerem por causa dos atrasos em eventos esportivos durante a pandemia.
Mesmo perdendo competições como Libertadores, Fórmula 1 e campeonatos estaduais para as principais concorrentes, a Globo precisou arcar com pagamentos adiados de 2020 para 2021, com a reprogramação do calendário do futebol brasileiro e dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Somente na área de direitos de transmissão, o prejuízo foi de R$ 503 milhões.
No ano passado, por exemplo, a empresa precisou entrar em acordo com a Fifa por uma dívida de US$ 90 milhões (R$ 426 milhões), referente à parcela atrasada de 2020 dos direitos da Copa do Mundo do Catar e de outros eventos da entidade máxima do futebol mundial.
Mesmo com o prejuízo, a Globo passou ao mercado financeiro uma mensagem de que as contas estão equilibradas e o faturamento, em alta.
No primeiro ano da pandemia, a companhia teve um lucro de R$ 167 milhões, com uma receita foi de R$ 12,5 bilhões. Já em 2021, os ganhos foram de R$ 14,4 bilhões, número que representa um valor de pré-pandemia --em 2019, foram R$ 14,091 bilhões. Somente no último trimestre do ano passado, a receita líquida foi de R$ 4,2 bilhões, recorde trimestral dos últimos seis anos.
Segundo o relatório da Globo, um dos braços do grupo que tem provocado aumento nos ganhos é o Globoplay, que teve incremento de 74% na receita líquida em relação a 2020, com um crescimento de 33% da base de assinantes.
A receita com publicidade da GCP cresceu 19% de um ano para outro, enquanto o ganho com assinaturas das plataformas pagas subiu 9% na comparação. Atualmente, os anunciantes respondem por 60% das receitas da companhia e a área de conteúdo, por 40%.
Reportagem do jornal Valor Econômico, que faz parte do grupo empresarial da Globo, indica que a companhia prevê investir de R$ 5,5 bilhões a R$ 6 bilhões em conteúdo neste ano, acima dos R$ 4,5 bilhões de 2021. Esse valor inclui salários de artistas, custos fixos de produção, recursos técnicos e operação.
A Globo encerrou 2021 com R$ 12,9 bilhões em caixa, R$ 716 milhões a menos do que foi apresentado em 2020. A dívida do grupo subiu: de R$ 5,5 bilhões (em dezembro de 2020) para R$ 5,8 bilhões. Para Manuel Belmar, diretor-geral de Finanças da Globo, a situação atual da empresa é positiva.
"Apesar de 2021 ainda ter sido permeado por muitas incertezas, a Globo normalizou sua programação do horário nobre, com novos lançamentos nos três horários das novelas. O investimento no ambiente digital tem se mostrado um modelo vencedor, com o aumento da nossa base de Globo IDs [usuários identificados nas plataformas]", disse o executivo.
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