HERANÇA DISPUTADA
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Gugu Liberato e Rose Di Matteo com os filhos João Augusto, Sofia e Marina Liberato; médica disputa herança
A mãe dos filhos de Gugu Liberato (1959-2019), Rose Di Matteo, revela passar por "dificuldades" após a morte do apresentador. Por isso, decidiu pedir para ser inventariante dos bens deixados pelo comunicador em requerimento apresentado à Justiça. A informação foi confirmada pelo advogado da médica, Nelson Wilians, ao Notícias da TV.
A assessoria de imprensa do profissional, do escritório Nelson Wilians & Advogados Associados, de São Paulo, emitiu à reportagem um comunicado sobre o novo passo judicial de Rose. Leia a íntegra:
"De acordo com o advogado Nelson Wilians, que representa Rose Di Matteo, foi apresentado requerimento à Justiça pedindo para que ela seja a inventariante dos bens deixados por Gugu Liberato. O inventário foi aberto há cerca de um mês, mas a viúva e as filhas menores do casal não têm nenhuma informação sobre o patrimônio e a administração dos bens. Além de companheira de Gugu, por quase duas décadas, a viúva também é a representante legal de Sofia e Marina, as gêmeas e filhas caçulas que teve com o apresentador."
O testamento de Gugu virou alvo de disputa na Justiça a partir do momento em que Rose acionou o escritório para ser reconhecida como herdeira. Além de querer ser a inventariante, ela quer comprovar a união estável de 19 anos com o companheiro.
A briga judicial começou com a leitura do testamento. Em documento feito em 2011, o apresentador famoso deixou seus bens, quase em sua totalidade, para os filhos João Augusto, Marina e Sofia. Aparecida Liberato, irmã de Gugu, foi nomeada inventariante e curadora legal das gêmeas.
Após a leitura, Rose procurou o escritório de Wilians e assinou uma procuração para cuidar do processo da herança. Informada pela família Liberato de que "tal fato poderia ocasionar problemas ao espólio", redigiu uma carta de próprio punho revogando e retirando a representação do novo advogado.
De acordo com Wilians, a reviravolta do caso aconteceu quando a médica voltou a procurá-lo e o contratou novamente para disputar pela herança. Segundo ele, a senhora "se sentiu enganada e não representada por esse advogado [Dr. Carlos Eduardo Farnesi Regina, que representa a família Liberato], inclusive fez um boletim de ocorrência em relação a isso pelos constrangimentos".
Em comunicado enviado para o Notícias da TV, Farnesi Regina declarou estar espantado com a citação de seu nome e a exposição do caso. Leia a íntegra:
“Representei os interesses de Gugu Liberato como advogado por mais de 15 anos e agora represento a família em seu espólio. Gugu deixou um testamento que foi lido em ato solene na presença de dois tabeliães e de todos os beneficiados. Nessa mesma reunião realizada, todos os presentes, inclusive Rose Miriam acompanhada de seu irmão, concordaram com o cumprimento imediato da última vontade do apresentador e conferiram a mim a incumbência de promover o inventário, agora sob sigilo, judicial.
Causa espanto que atos públicos e realizados à luz do dia sejam tratados como coação, enquanto atos praticados na calada da noite em residências sejam admitidos como normais.
Todas as minhas reuniões com meus clientes foram diurnas, abertas e por mim gravadas com o conhecimento dos presentes. As mensagens trocadas foram registradas e arquivadas de forma a preservar a transparência, legalidade e sigilo do inventário e da relação cliente/advogado.
Minha função foi, é e continuará sendo preservar, proteger e fazer cumprir a última vontade de Augusto Liberato, manifestada em benefício de seus filhos e sobrinhos.”
Em entrevista para Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Rose declarou que atualmente passa por "dificuldades de toda natureza", uma vez que o apresentador era o "provedor" da família. Ela explica que em 2011, quando o testamento foi feito, ela e Gugu passavam por "uma crise na união", mas logo reataram.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da família Liberato. Não há comunicado sobre o caso, já que o assunto corre em segredo de Justiça.
O apresentador sofreu acidente doméstico em 20 de novembro, na casa de Orlando. A morte foi confirmada dois dias depois. Ele caiu de cerca de quatro metros em sua casa quando fazia um reparo no ar-condicionado.
Seu velório comoveu o Brasil desde as primeiras horas do dia 28 de novembro, na Assembleia de São Paulo, a Alesp. No dia seguinte, um cortejo em carro aberto levou o corpo até o Cemitério Gethsêmani, onde ele foi enterrado sob aplausos.
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