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INVESTIGAÇÕES

Avião que caiu com Marília Mendonça estava com cabo enrolado na hélice

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM e DIVULGAÇÃO/POLÍCIA MILITAR

Montagem da cantora Marília Mendonça e dos destroços do avião de pequeno porte

Marília Mendonça (1995-2021) morreu após queda de avião; polícia investiga acidente

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 9/11/2021 - 8h39

A Polícia Civil de Caratinga encontrou um cabo enrolado em uma das hélices do avião que caiu na sexta-feira (5) e causou a morte de Marília Mendonça (1995-2021) e mais quatro pessoas. No entanto, ainda não é possível confirmar que o fio é o mesmo que se rompeu na torre de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

"É fato de que tem um cabo enrolado na hélice. Agora, a gente só vai poder afirmar que esse cabo é o cabo que se rompeu quando a perícia tiver o laudo pericial", informou Ivan Lopes Sales, delegado regional da Polícia Civil de Caratinga, ao G1.

Marilia Mendonça morreu após a queda em um aeronave de pequeno porte na região da Serra de Caratinga. Ela faria um show em Minas Gerais e estava acompanhada do piloto Geraldo Medeiros Junior, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o assessor e tio da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho.

O que foi confirmado ainda no dia da tragédia foi a colisão da aeronave com uma torre de energia que fica próxima ao aeroporto de Caratinga. Faltava pouco mais de cinco quilômetros para o pouso quando a batida aconteceu nos cabos de energia elétrica.

A Polícia Civil da região terminou de recolher os materiais periciais do avião na segunda-feira (8). Os destroços serão enviados nesta terça-feira (9) ao Rio de Janeiro, onde vai continuar a perícia do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa. Os motores serão levados na quarta (10) para Sorocaba, no interior de São Paulo.

"Em comum acordo com o Cenipa, definimos que a aeronave vai ser destinada ao Rio de Janeiro para que eles realizem a perícia. Se porventura a Polícia Civil achar necessário realizar outras perícias, ela [a aeronave] estará lá à disposição também", afirmou o delegado.

"A investigação procede com os laudos periciais, com oitivas de eventuais testemunhas, com arrecadação de documentos. É importante ressaltar que a Polícia Civil quer dar uma resposta célere, mas uma resposta célere não significa uma resposta rápida. Uma reposta célere é a resposta mais técnica, no menor tempo possível", completou Ivan Lopes Sales.

A aeronave perdeu os dois motores enquanto caía. Testemunhas que viram a queda do bimotor, que já havia pertencido à dupla sertaneja Henrique & Juliano, girou antes de colidir com as pedras da cachoeira.

Investigações do acidente

A altitude do avião ao se aproximar do aeroporto é um dos pontos a serem investigados pelo Cenipa, órgão vinculado à Aeronáutica responsável por apurar o que pode ter acontecido com o bimotor King Air da Beech Aircraft.

"É uma pista de 1080 metros asfaltada, com serra dos dois lados. É um aeroporto que, por ter esses obstáculos e ficar dentro de um vale, para quem não conhece essa região, é um aeroporto com dificuldade para operar", explicou à Globo Gabriel Freitas de Faria --piloto que já pousou mais de 100 vezes na pista onde o avião deveria ter pousado.

A fuselagem do avião estava relativamente preservada, mas os dois motores caíram durante a queda. "Essa aeronave não requer caixa-preta, já foi confirmado que ela não tem esse equipamento. Os dois motores se desprenderam da aeronave, um está logo à frente dela, e o outro está um pouco mais à frente", falou Oziel Silveira, investigador do Cenipa, em coletiva.

As investigações podem durar mais de um ano. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) indicou que a PEC, dona do avião, tem autorização para realizar táxi aéreo e que o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade do avião, documento que atesta as condições deste tipo de veículo, é válido até julho de 2022.

Conforme antecipado pelo Notícias da TV, a aeronave era alvo de denúncias na Anac. O Ministério Público Federal afirmou que, segundo fontes do órgão, a PEC Táxi Aéreo utilizava "meios ilícitos de burlar a ocorrência de auditorias e vistorias da Anac" e que a aeronave tinha irregularidades.

Para a reportagem, a Anac informou que o para-brisa do avião, uma das irregularidades apontadas, foi corrigido em maio. A Aeronáutica, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), comanda as investigações do acidente e já começou o trabalho de apuração.


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