RIVAIS EM DEBATES
REPRODUÇÃO/JOVEM PAN
Rodrigo Constantino (à esq.) e Amanda Klein (à dir.) no 3 em 1, da Jovem Pan: rivais somente na tela
Rival de Rodrigo Constantino em dois programas de análise e debate político, Amanda Klein confessa que o coleguismo reina nos bastidores da RedeTV! e da Jovem Pan, onde os dois divergem de opiniões em assuntos sobre o governo de Jair Bolsonaro. "A gente sempre tentou lidar de uma forma leve", entrega a jornalista ao Notícias da TV.
Na semana passada, Amanda foi convidada para substituir Diogo Schelp --deslocado para outras atrações da rádio Jovem Pan-- no time do 3 em 1, atração apresentada por Paulo Mathias e com comentários de Rodrigo Constantino. A função é é a mesma que cumpre no Opinião no Ar, da RedeTV!: debater temas da política.
"Esse convite partiu do Humberto Candill, que é diretor da redação da Jovem Pan. A gente se conheceu na BandNews, onde tive minha primeira experiência em TV. Ele já era o chefe do BandNews na época, e isso faz, sei lá, 15 anos. E ele me ligou, foi muito rápido, combinamos um café, ele me fez essa proposta, e eu adorei", explica a a ex-âncora do RedeTV! News.
"Achei que ia ser uma boa oportunidade, porque é parecido com o que eu já faço na RedeTV!, já estava nessa de opinar, me posicionar politicamente de uma forma mais enfática, totalmente diferente do que eu fazia antes, quando eu era apresentadora do RedeTV! News. Então eu pensei: 'Ah, já que eu tô na chuva, vou me molhar. Falei com a RedeTV! e meu chefe me liberou pra participar da Jovem Pan", conta.
Consequentemente, Amanda acabou numa dobradinha com Constantino. Na hora do almoço, debate no programa de Luís Ernesto Lacombe na emissora de Marcelo de Carvalho e Amilcare Dallevo Jr., e no final da tarde na rádio localizada na avenida Paulista, em São Paulo.
Apesar da rivalidade ideológica, já que Constantino é um apoiador de Jair Bolsonaro, enquanto a jornalista prefere se definir como apartidária, a antiga apresentadora do É Notícia!, da RedeTV! acredita que a relação entre eles é ótima.
"Ele mora nos Estados Unidos e foi contratado pela RedeTV! tem dois meses, então a gente não se conheceu pessoalmente por causa da pandemia. Todas as conversas são no WhatsApp, mas quando ele ficou sabendo que eu fui convidada pra Jovem Pan mandou uma mensagem supercarinhosa, [dizendo] que ficou bem feliz com essa dobradinha. Eu acho que a gente sempre tentou lidar de uma forma leve", entrega ela.
"Porque, no fim, a gente já vive num ambiente muito polarizado, e eu acho que a polarização não acontece só nesses programas, acontece muito na nossa família, em casa, no dia a dia, entre amigos. Acho que acaba sendo um retrato, um espelho de como a sociedade tá dividida. Então acho que a gente pode encontrar pontos em comum, por mais que tenhamos divergências nesse âmbito político", avalia a nova funcionária da Jovem Pan.
"A gente tem que tentar conviver bem e se respeitar. Se a proposta é fazer um programa plural, com visões e percepções diferentes da realidade, todas as visões são legítimas. Eu estabeleci pra mim, desde que eu comecei a comentar no Opinião no Ar, que eu teria a melhor convivência possível com os meus parceiros", afirma.
Assim como é com Constantino, Amanda também mantém um bom relacionamento com os outros colegas, como Lacombe, Mathias, e Silvio Navarro --com quem debate no jornalístico da RedeTV!. Apesar disso, a comunicadora sabe que o desafio maior é lidar com o ódio que recebe nas redes sociais.
"A gente tenta estabelecer a convivência pacífica. Acho que isso faz parte, por uma questão de saúde mental/psicológica. No começo do Opinião no Ar foi muito difícil porque nunca tinha me posicionado tão abertamente. E aí veio aquela enxurrada de críticos, de haters, e o impacto é duro. As pessoas te atacam de forma pessoal, atacaram meu filho, meu marido, de forma baixa mesmo", lamenta.
"As pessoas não sabem separar, e eu entendi que isso faz parte do jogo. Acho que é a única forma de manter a saúde mental, se não você se entrega mesmo. Eu não vou me entregar, não vou ficar na internet batendo boca, não tem nada a ver comigo. Eu sou jornalista e estou ali pra fazer jornalismo com opinião, mas com objetividade e fatos", constata a antiga parceira de Boris Casoy.
"Eu tenho uma relação boa com todos eles. Fui muito bem recebida na Jovem Pan por todos. É uma casa que já me sinto acolhida, está tudo ótimo, não tenho nada pra reclamar. Fico feliz que eles tenham apostado no meu trabalho e me dado esse voto de confiança", diz.
"E na RedeTV! me sinto muito à vontade, desde que eu conheci o Lacombe a gente senta e troca ideia, faz piada antes de entrar no ar. A gente convive numa boa. A gente consegue separar as coisas. Às vezes pega fogo no ar, um ou outro pode sair mais machucado, chateado com o que aconteceu, mas no dia seguinte está tudo bem! Não tem essa coisa de levar um mal-estar. Tenho gratidão!", completa.
Questionada sobre o uso das redes sociais, Amanda avisa que foge dos críticos agressivos do Twitter. "Eu nem tuíto. Eu uso como fonte de informação e pra ver o que está acontecendo nas redes sociais. Sigo as pessoas e os veículos que acho importante seguir e uso pra me informar, pra ter um termômetro. Pode ir lá se acabar [de xingar] que eu tô nem vendo", brinca.
"Tudo que eu defendo no programa eu acredito. Eu não faço um personagem, mas uma pessoa que vai lá me xingar no Twitter, xingar a minha família, sendo que nem me conhece, não sabe se eu sou legal ou se não sou, é essa pessoa que tá perdendo tempo. É ela que é antidemocrática, essa pessoa que não aguenta um debate plural", avalia Amanda.
"Se essa pessoa não respeita e não quer ouvir a minha opinião, eu tô lá ouvindo a opinião de todo mundo. Muitas vezes eu não concordo, mas eu tô lá convivendo pacificamente. Porque eu acho que eles têm todo o direito de se colocar, então eu parto desse pressuposto. Eu tento separar aquilo do nosso convívio pessoal", conclui.
Confira a participação de Amanda Klein e Rodrigo Constantino no Opinião no Ar, da RedeTV!:
Veja Amanda e Constantino no 3 em 1, da Jovem Pan:
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