Desde criança, Caio Blat se familiarizou com o ambiente televisivo. Aos oito anos começou a fazer comerciais e agradou com sua inteligência e simpatia. Virou o queridinho do mercado publicitário e chegou a atuar em mais de 200 anúncios.
Caio Blat nasceu em 2 de junho de 1980, em São Paulo. Filho do fonoaudiólogo José Lucínio e da dentista Kátya Blat, ele tem duas irmãs, Camila e Maria Fernanda. A primeira chance na teledramaturgia aconteceu em 1991, quando participou de alguns episódios do seriado No Mundo da Lua, na TV Cultura.
Em 1994, aos 14 anos, foi contratado pelo SBT e fez sua estreia em novelas na trama de Éramos Seis, como Carlos Abílio quando criança. Naquele mesmo ano, integrou o elenco de As Pupilas do Senhor Reitor. Depois de uma breve passagem pela Globo, com participações em algumas atrações, em 1998 Caio retornou ao SBT para outro folhetim, Fascinação.
A volta definitiva para a Globo foi em 1999, quando viveu João Batista, o jovem amante de Chiquinha Gonzaga (Regina Duarte) na minissérie que homenageou a maestrina brasileira. A primeira novela na emissora carioca foi Andando nas Nuvens, como Tiago, também em 1999. Naquela época, Caio virou a sensação dos jovens e passou a ser o campeão de cartas do canal.
O primeiro vilão não demorou a chegar, e, em 2000, deu vida ao mau-caráter Bruno na trama de Esplendor. Um ano depois, protagonizou sua primeira novela, Um Anjo Caiu do Céu, na pele do atrapalhado Rafael Arcanjo. Em Da Cor do Pecado (2005), Caio interpretou o maquiador Abelardo Sardinha, personagem que ia do drama à comédia.
Em 2009, esteve na premiada Caminho das Índias, de Gloria Perez, como o indiano Ravi Ananda. Já em Joia Rara (2013) apareceu com os cabelos raspados para interpretar o monge budista Sonan. Mas foi no ano seguinte, em Império, que Blat fez seu personagem mais marcante: o vilão José Pedro, filho ambicioso do comendador José Alfredo (Alexandre Nero).
Outro momento importante da carreira do ator foi em Liberdade, Liberdade (2016). Na novela com temática histórica, Caio era André, um delicado nobre que tinha um caso de amor com o truculento militar Tolentino (Ricardo Pereira). Os dois atores protagonizaram a primeira cena de sexo gay da história da teledramaturgia e deram o que falar.
Cinema e Teatro
Apesar de estar sempre em produções na televisão, Caio nunca escondeu sua enorme paixão pelos palcos e pelo cinema. Em 2010, ele participou de cinco longas metragens: Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos, Os Inquilinos, O Bem-Amado, As Melhores Coisas do Mundo e Bróder. Pela atuação em Bróder, Blat ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado naquele ano.
Outro destaque nas telonas é o filme Xingu, de Cao Hamburguer, lançado em 2012, e que conta a história dos irmãos Villas Bôas. Caio interpretou o mais novo deles, Leonardo Villas-Bôas.
Além de ator, Caio também já exerceu a função de diretor teatral e a primeira experiência foi na peça Êxtase, de Walcyr Carrasco, que ficou em cartaz no ano de 2002. No ano seguinte, comandou o espetáculo Karma.
Vida Pessoal
Ainda na adolescência, ele namorou a atriz Mariana Ximenes. Em uma participação no extinto programa Vídeo Show, na Globo, confessou que a atriz foi seu primeiro amor. Os dois se relacionaram por três anos, entre 1996 e 1999.
Em 2000, o artista teve uma relação de oito meses com a cantora Preta Gil. No ano seguinte, conheceu a cantora lírica Ana Ariel, com quem se casou após dois meses de namoro. O casal queria ter filhos, mas, após um aborto espontâneo, decidiram adotar uma criança.
Em 2002, Caio e Ana oficializaram a adoção de Antônio, que ainda era um bebê. O casamento terminou em 2004 de forma pouco amigável, e o ator passou anos afastado do filho. Somente em 2018 conseguiu voltar a conviver com Antônio, já um adolescente.
No ano de 2005, Caio Blat conheceu a atriz Maria Ribeiro. Os dois começaram a namorar e foram viver juntos em 2007. O primeiro filho do casal, Bento, nasceu em 2010. A relação, no entanto, chegou ao final em setembro de 2017.
Desde o final de 2017, Caio vive um romance com Luisa Arraes. Os dois se aproximaram durante os ensaios da peça Grande Sertão Veredas, em que contracenam juntos.
Principais trabalhos na TV
Éramos Seis (1994) - Carlos
As Pupilas do Senhor Reitor (1994) – Henrique
Fascinação (1998) – Gustavo
Chiquinha Gonzaga (1999) – João Batista
Andando nas Nuvens (1999) – Tiago
Esplendor (2000) – Bruno
Um Anjo Caiu do Céu (2001) – Rafael
Da Cor do Pecado (2004) – Abelardo
Sinhá Moça (206) – Mário
Ciranda de Pedra (2008) – Afonso
Caminho das Índias (2009) – Ravi Ananda
Lado a Lado (2012) – Fernando
Império (2014) – José Pedro
Liberdade, Liberdade – André
Deus Salve o Rei (2018) – Cássio
O Sétimo Guardião (2018) – Geandro