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Benjamin Back e elenco do antigo Fox Sports Rádio: programa foi um dos marcos do canal que acaba em 2022
No próximo dia 17, o Fox Sports chega ao fim três semanas antes de completar dez anos de história no Brasil. A marca vai continuar apenas no seu canal secundário, o Fox Sports 2. Apesar de uma passagem relativamente curta pelo mercado brasileiro, a influência do esportivo foi bastante sentida na mídia e nos espectadores.
No dia 18, o Fox Sports vira ESPN 4 e ganha de vez a cara da Disney, sua dona desde maio de 2020, após a aprovação da fusão entre a multinacional do Mickey Mouse e a Fox. O Fox Sports 2 continua só por protocolo, para que a Libertadores tenha seus jogos exibidos lá.
Depois do torneio, a marca será totalmente devolvida. Quando comprou a Fox, a Disney não adquiriu os direitos de uso do nome Fox Sports, que segue em posse do magnata Rupert Murdoch nos Estados Unidos. Ou seja, uma outra empresa pode comprá-los diretamente com a matriz.
No Brasil, não foram poucos os fatos que marcaram a história do Fox Sports. O Notícias da TV lembra cinco dos momentos mais marcantes:
1) Libertadores exclusiva com Corinthians campeão
Em 2012, ano de sua chegada ao Brasil, o Fox Sports tinha um grande trunfo: a exibição exclusiva da Libertadores e da Copa Sul-Americana no Brasil. Isso forçou sua entrada nas principais operadoras do país, que haviam se recusado a carregar o canal imediatamente. Com a pressão do público, não teve jeito. Claro, Net e Sky cederam à TV e mostraram o inédito título do Corinthians na Libertadores.
2) Fox Sports Rádio (2013-2020)
Em 2013, o canal decidiu levar a linguagem do rádio para a televisão. Era o Fox Sports Rádio, um sucesso já na Argentina. A primeira formação, com uma equipe famosa das emissoras cariocas, não fez grande sucesso. Uma reformulação para 2014, porém, mudou tudo: Benjamin Back foi contratado, e nomes como Flavio Gomes, Oswaldo Paschoal, Felipe Facincani e Fábio Sormani chegaram.
Os índices explodiram, e o programa passou a ser líder na hora do almoço entre os esportivos da TV paga. SporTV e ESPN tiveram de sair da zona de conforto e mudar para bater de frente com o projeto. O programa saiu do ar no fim de 2020.
3) O acidente da Chapecoense
O Fox Sports acompanhou com exclusividade a saga da Chapecoense para tentar o título da Copa Sul-Americana em 2016. O narrador Deva Pascovicci e o comentarista Paulo Júlio Clement eram os principais nomes a transmitir aquela saga.
A Fox decidiu enviar vários profissionais para a Colômbia. Junto com eles, o repórter Victorino Chermont. Infelizmente, todos morreram na queda do voo que levava também a delegação do clube catarinense. Ao todo, seis profissionais da Fox foram vítimas do acidente. Para homenageá-los, o Fox Sports passou a adotar seis estrelas em cima de sua logomarca durante um ano e meio.
4) Linguagem de TV aberta na TV fechada
Por ter diversos executivos e profissionais com grande experiência na TV aberta, o canal colocou o tempero da comunicação de massa no nicho esportivo. Eduardo Zebini, o executivo número um da casa, já tinha comandado o núcleo esportivo da Record. Benjamin Back tinha passado pela Band. Edmundo idem --o ex-jogador do Vasco até voltou para a TV do Morumbi. A maneira do Fox Sports de fazer debates mudou tudo na TV paga.
5) Talentos que ganharam espaço e foram para a Globo
Por ter grande audiência e dar espaço para talentos que não eram tão badalados assim, o Fox Sports fez muitos jornalistas ganharem fama e exposição. Dois exemplos: Karine Alves e Gustavo Villani.
A apresentadora chegou como repórter e agradou tanto que passou a comandar o Central Fox, principal jornal da rede. Em 2020, ela foi contratada pela Globo e hoje comanda o Esporte Espetacular.
Já Villani estava na ESPN, mas longe de fazer as principais transmissões do canal esportivo. Na Fox, ficou tão popular que saiu para a Globo em 2018 com alto destaque e chegou a narrar a Copa do Mundo em TV aberta.
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