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POR COVID-19

Prestes a voltar no Brasil, Dança dos Famosos virou dor de cabeça na Austrália

Reprodução/TV Globo

A atriz Luiza Tomé faz cara de chateada ao lado do professor Marcus Lobo na Dança dos Famosos 2019

Luiza Tomé e o professor Marcus Lobo na Dança dos Famosos do ano passado: quadro vai dar trabalho

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 21/8/2020 - 7h10
Atualizado em 21/8/2020 - 19h16

A Dança dos Famosos volta ao ar no próximo dia 30, mas a produção do Domingão do Faustão ainda enfrenta dificuldades para fechar o elenco da temporada. Atores e cantores convidados estão receosos com o compromisso de passar até quatro meses coladinhos em seus professores em meio a uma pandemia. Na Austrália, o coronavírus virou tamanha dor de cabeça que um formato similar teve de ser encurtado.

No país dos cangurus, a temporada 2020 do Dancing With the Stars teve início em 9 de fevereiro, antes de a Covid-19 tomar proporções assustadoras. Assim, o reality transcorreu normalmente até a quinta semana. Depois, tudo virou do avesso.

A partir da sexta apresentação, a plateia ao vivo foi abolida e, pela primeira vez na história do formato, os participantes tiveram de dançar sem ninguém para aplaudi-los. "Foi estranho, mas precisava acontecer para podermos terminar a temporada", conta Shae Mountain, um dos dançarinos profissionais, ao Notícias da TV.

Os bastidores do programa também mudaram. "Mantínhamos um distanciamento social o tempo todo, a equipe diminuiu bastante, e colocaram um limite de pessoas por sala. Basicamente seguíamos as regras do Ministério da Saúde local", explica.

Na semana seguinte, mais um susto: o pai de Christian Wilkins, Richard, testou positivo para a doença. Os testes do famoso deram negativo mas, para evitar riscos, ele e sua professora, Lily Cornish, tiveram de se isolar durante 14 dias e fizeram sua apresentação fora do estúdio, na cobertura de um hotel. Veja:

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A essa altura da competição, os casos na Austrália tinham começado a disparar, e a produção teve de tomar uma medida drástica: cortou uma semana do programa e transformou o que seria a semifinal na grande decisão, com quatro casais ainda na disputa --tradicionalmente, a final tem três duplas competidoras.

"Os Estados estavam entrando em lockdown naquele momento, então, os famosos não podiam sequer voar para fora de Melbourne [onde o programa era realizado ao vivo]. Se eles saíssem, não teriam como voltar. Geralmente, íamos para a nossa base durante a semana e voltávamos para Melbourne na sexta para fazer o programa no fim de semana", lembra Mountain.

A situação é similar à da Dança dos Famosos do Brasil. Aqui, os ensaios da semana acontecem nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, onde a emissora montou uma casa para os participantes praticarem. No fim de semana, todos viajam para São Paulo para se apresentarem ao vivo no palco de Fausto Silva. Neste ano, a Globo terá de bancar até avião fretado para transportar as celebridades de um lugar ao outro.

Baixa no júri e cancelamento na Nova Zelândia

O Dancing With the Stars da Austrália ainda lidou com mais uma surpresa: um dos jurados, o coreógrafo Craig Revel Horwood, teve de voltar para sua casa em Londres porque as fronteiras da Inglaterra seriam fechadas. Assim, ele precisou julgar a grande final por chamada de vídeo, em vez de manter seu lugar na bancada.

Shae Mountain com a cantora Dami Im, no Dancing With the Stars da Austrália: sem plateia e sem jurado

Para Shae Mountain, a pandemia trouxe mais baques: assim que encerrasse sua participação na Austrália, ele iria para a Nova Zelândia trabalhar na versão de lá da competição de dança. O programa começaria em abril, mas foi cancelado por causa da pandemia e só voltará ao ar no ano que vem.

Apesar de todos esses problemas, a situação de saúde na Austrália e na Nova Zelândia é bem mais tranquila do que no Brasil. Segundo dados de quinta-feira (20), o país dos cangurus teve 24.236 casos confirmados da doença desde o início, com 463 mortes, enquanto a terra que virou cenário de O Senhor dos Anéis registrou "apenas" 1.654 casos positivos de coronavírus e 22 mortos até o momento.

O Brasil já ultrapassou 3,4 milhões de testes positivos para o coronavírus e teve mais de 111 mil mortos desde o início da pandemia. Não é à toa, afinal, que os famosos estão com receio de fechar contrato para a Dança dos Famosos. E por aqui, ao contrário do que ocorreu na Austrália, não há previsão de diminuir a competição, que seguirá no ar normalmente até dezembro.

Vale ressaltar que, apesar de muito semelhantes, a Dança dos Famosos e o Dancing With the Stars são formatos diferentes. O quadro do Domingão do Faustão é a versão brasileira do Strictly Dancing, da Endemol Shine Group. Já o Dancing With the Stars, formato da BBC, foi adaptado por aqui como o Dancing Brasil, da Record.


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