Patricia Abravanel põe Alckmin em saia justa em especial de Silvio Santos: 'Ladrão'

O vice-presidente Geraldo Alckmin teve uma rápida mas conturbada participação no especial de 60 anos do Programa Silvio Santos. Ele entrou por uma porta lateral do estúdio, fez um discurso em homenagem ao titular da atração e assistiu a um compilado de participações de outros políticos no programa --inclusive uma de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a exibição do vídeo, algumas pessoas no auditório entoaram gritos de revolta ao atual presidente. Chamaram-no de "safado", "ladrão" e "corrupto".

Alckmin não se manifestou sobre o tema, limitando-se a elogiar o programa pelo "caráter educativo". Também se lembrou de outras participações na atração, especialmente no quadro Cidade Contra Cidade, exibido na década de 1970 pela extinta TV Tupi. À época, ele era prefeito de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, e representou a cidade no game show.

Nós vencemos quatro vezes. Ficamos quatro domingos no ar. O programa era um sucesso absoluto. Foi muito bom, e a nossa cidade ficou conhecida no país inteiro. O programa mostrava as coisas boas da cidade. Quando a gente voltava para a cidade, era uma festa. 

Ele também confessou que ficava de olho na plateia, de onde a então namorada, Lu Alckmin, o observava. Depois de relembrar o fato, ficou lacônico e sequer respondeu a uma pergunta de Patricia Abravanel, que comandou o especial.

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arquivo/tv tupi

Alckmin e Silvio Santos no Cidade contra Cidade

Empolgada pelos elogios ao pai, a apresentadora exaltou o faro de Silvio para encontrar talentos, "identificar quem brilharia no futuro". Ela questionou se o "homem do baú" havia feito algum comentário sobre o destino do então prefeito na política já àquela época. Alckmin ignorou a pergunta e emendou mais elogios ao comunicador. 

A exibição do VT ainda rendeu elogios ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Juracy Lúcia, uma participante do auditório que virou meme ao falar o nome de Reynaldo Gianecchini errado, gritou "mito" por duas vezes seguidas assim que Bolsonaro apareceu na tela. 

Por fim, Alckmin recordou uma visita ao Museu de Imagem e Som com a família Abravanel, deu um abraço em Iris ("fala pro Silvio preparar o café porque vou visitá-lo", emendou o político) e foi embora. Mal teve tempo de ouvir os elogios da mulher de Silvio Santos. Iris afirmou que o marido já expressou orgulho e admiração pelo trabalho do político na vice-presidência. 

Assim que o ex-governador saiu de cena, Patricia interrompeu as gravações e questionou o diretor sobre o paradeiro de seu marido, Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações do governo Jair Bolsonaro. "Cadê meu marido? Ele viu tudo?", perguntou ela também às irmãs, que acompanharam as gravações na primeira fileira de assentos. Faria assistiu à boa parte do programa nos bastidores, mas deu as caras no auditório quando Geraldo apareceu.

O ex-governador de São Paulo foi o único representante do meio político no especial, que reuniu personalidades importantes na trajetória do programa. Eliana, Adriane Galisteu, Ronnie Von, Nahim, Ary Toledo e outros famosos também estiveram presentes.

Dentre os anônimos, Daiza Lazerte Barros, a "menina do bambu", Antônio Gianotti, que pediu fitas pornográficas ao apresentador no Porta da Esperança, e Ana Luiza Santos, conhecida pela risada "bizarra", foram à plateia. O programa será exibido neste domingo (4).