VOLTA ÀS ORIGENS
Estevam Avellar/TV Globo
Marisa Orth usa sua casa como cenário nas esquetes que marcam sua estreia no Zorra, da Globo
Após uma temporada fazendo novelas, Marisa Orth está de volta às esquetes de humor a partir deste sábado (15). Aos 56 anos, a atriz estreia no Zorra praticamente sem sair de casa, devido à pandemia de Covid-19. Para gravar suas cenas, ela recrutou o filho de 21 anos para dar duro. Estudante de Cinema, João Antônio Pereira virou estagiário da mãe e teve de se desdobrar para ajudá-la com questões técnicas em sua nova empreitada.
Falar que é a primeira vez de Marisa Orth no principal humorístico da Globo soa até estranho, já que ela é uma das veteranas do gênero na emissora. Sua estreia no humor aconteceu há 32 anos, na extinta TV Pirata (1988-1992).
Marcada pela atuação como Magda, a personagem que sofria bullying no Sai de Baixo (1996-2002), a intérprete coleciona trabalhos na casa em programas feitos para fazer rir, como Toma Lá Dá Cá (2007-2009) --atração que, inclusive, está sendo reprisada nas tardes de sábado.
A atriz não estava parada havia muito tempo. Ela fez uma participação na reta final da novela Bom Sucesso, trama que terminou em janeiro deste ano. No entanto, Marisa se vê como sortuda por achar uma oportunidade de produzir neste momento. Ela foi convidada pela equipe do Zorra. "Acho que o programa apresenta um humor livre, combativo, inteligente e muito engraçado. Acho que ele é tudo que precisamos nesse momento: dar risada e ter consciência crítica ao mesmo tempo", comenta.
A experiência de gravar em casa é um bônus, na opinião dela. "Para mim, um dos maiores ganhos é poder me aproximar de uma outra forma do meu filho, João, que está cursando o último ano da faculdade de Cinema e tem me ajudado bastante. Ele me auxilia nas questões técnicas que envolvem as gravações remotas e para ele também tem sido muito rico, poder estagiar com a 'mamãe' (risos)", confidencia.
A atriz encarou tudo como aprendizado e curtiu até montar os figurinos. "Abrir meu guarda-roupa com um outro olhar, contando com o auxílio remoto do figurinista do programa, tem sido muito engraçado. Por foto ou chamada de vídeo a gente fica montando os looks com as perucas e acessórios, criando as combinações mais malucas possíveis", conta.
A veterana até solta um bafo do seu novo "grupo de trabalho". Ela diz que participar do WhatsApp com os atores e a equipe do Zorra é tão divertido quanto gravar. "É um privilégio para poucos, uma atração à parte", solta.
E será que rola briga de ego? "Estamos falando de um grupo de coesão rara. Eu sei que todo mundo fala isso quando vai estrear um trabalho, mas, por favor, acreditem em mim. Eu estou positivamente impactada com o astral da camaradagem."
Marisa faz apologia ao humor como a cura para a alma e para as tristezas e as dificuldades da vida. "Rir de si mesmo é sempre o melhor remédio, em tempos de pandemia ou não. Fazer observações críticas sobre a situação do nosso país também acho que é mais que urgente. E, sem dúvida, o humor é uma ferramenta muito poderosa para isso", complementa.
Depois de um ano muito doido, com todo mundo trancado em casa, o humorístico também vai satirizar as tretas de família e do trabalho em esquema home office. A temporada de episódios inéditos mescla gravações do início do ano (antes do isolamento social) com novas cenas, realizadas na casa dos atores.
Cenas na cidades cenográficas, com equipes reduzidas e seguindo o protocolo de segurança dos Estúdios Globo, também começaram a ser gravadas nesta semana no Rio de Janeiro. Além de Marisa Orth, o elenco do programa foi reforçado com Diogo Vilela, Robson Nunes, Victor Lamoglia e Karina Ramil.
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